A região de Île-de-France, onde fica Paris, e outros cinco departamentos franceses entram nesta sexta-feira (19) em um "confinamento adulto", anunciou nesta quinta (18) o premiê Jean Castex.
Durante as próximas quatro semanas, as pessoas poderão sair, mas não poderão se afastar mais que 10 km de suas casas. “As regras são claras e se baseiam no bom senso, e não na infantilização”, disse ele.
“São medidas para parar o vírus sem nos aprisionar”, afirmou Castex, pedindo às pessoas que sejam “hiper-rigorosas” em reuniões privadas e sigam adotando comportamentos básicos para evitar o contágio.
Segundo o premiê, restrições são necessárias porque a França está entrando numa terceira onda de contaminação, principalmente devido a variantes mais transmissíveis. Nas últimas 24 horas houve 38 mil novas contaminações confirmadas no país, contra 35 mil no dia anterior.
Ao mesmo tempo, o governo francês reduziu a duração do toque de recolher em todo o país. A partir de sábado, ele começa agora às 19h, em vez de às 18h, e se estende até as 6h.
“Trata-se de possibilitar estar mais tempo na rua, mas não é para confraternizar nem para ir fazer festa com os amigos”, afirmou Castex.
As novas medidas para Paris foram tomadas porque a taxa de incidência de novos casos subiu 23% em uma semana, para 446/100 mil habitantes, elevando a pressão sobre os hospitais.
Escolas e faculdades ficarão abertas durante o confinamento leve, e colégios de ensino médio terão carga horária reduzida. Atividades extracurriculares também são autorizadas. Lojas de produtos essenciais podem abrir, o que inclui as livrarias e as que vendem artigos musicais.
Viagens inter-regionais estão proibidas, a não ser a trabalho ou em emergências, e Castex pediu às empresas que promovam o trabalho remoto.
Quando isso não for possível, o primeiro-ministro advertiu que os trabalhadores não apareçam no escritório com suspeita de contaminação. Segundo ele, metade das infecções nos locais de trabalho é causada por pessoas que vão para a empresa apesar de já estarem com sintomas de Covid-19.
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