O premiê espanhol, o socialista Pedro Sachéz, remanejou seu governo nesta terça (30) após o anúncio da saída surpresa de Pablo Iglesias, líder do partido de esquerda radical Podemos, um de seus adjuntos.
Ele será substituído por Yolanda Díaz, o que faz com que o governo passe a ser composto por quatro vices mulheres. “A Espanha se tornou o sexto país no mundo com a maior proporção de mulheres no governo” e o quarto na União Europeia (UE), celebrou Sánchez no Palácio da Moncloa. Ele lembrou que sua equipe, que até agora era totalmente igualitária, passa a ter 12 mulheres e 10 homens.
Yolanda Díaz, ministra do Trabalho, passa a ser a terceira vice, e Ione Belarra, secretária de Estado para a Agenda 2030, torna-se ministra dos Direitos Sociais. Nadia Calviño, ministra da Economia, foi promovida a 2ª vice. Carmen Calvo e Teresa Ribera permanecem como primeira e quarta vices, respectivamente.
A aliança entre o Partido Socialista (PSOE) e o Podemos foi marcada por tensões nas últimas semanas.
Mas, do ponto de vista do tabuleiro político, Sánchez prometeu que o acordo permanece intacto. A esquerda radical conserva cinco pastas (Trabalho, Igualdade, Direitos Sociais, Universidades e Consumo), contra 17 para o PSOE. Iglesias, que participou na terça de seu último Conselho de Ministros, publicou nas redes sociais que agora vai “continuar trabalhando onde acredito que posso ser mais útil”.
Essa reforma ministerial é a segunda do governo de coalizão. Em janeiro, em plena terceira onda da pandemia no país, saiu do Executivo o ministro da Saúde Salvador Illa, para concorrer no mês seguinte nas eleições regionais catalãs. Ele foi substituído pela atual ministra, Carolina Darias.
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