Presidente do Chile adia eleições constituintes por alta de casos de Covid

Adiamento do pleito, porém, ainda tem de ser confirmado pelo Congresso

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Buenos Aires

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou na noite deste domingo (28) que a eleição para decidir a formação da assembleia constituinte do país será postergada para os dias 15 e 16 de maio. A data inicial era 11 de abril.

A decisão foi comunicada depois de um encontro entre Piñera, o conselho sanitário de seu governo e alguns ministros no palácio de La Moneda, a sede do governo chileno.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, durante a chegada de um carregamento de vacinas no aeroporto de Santiago
O presidente chileno, Sebastián Piñera, durante a chegada de um carregamento de vacinas ao aeroporto de Santiago - Sebastián Rodríguez/Presidencia de Chile/Xinhua

A decisão ainda tem de passar, porém, por uma confirmação do Congresso. O pedido será enviado na manhã desta segunda-feira (29) ao Parlamento. "Peço que o Congresso não coloque restrição a essa mudança, que é necessária", afirmou o mandatário, ao final da declaração.

O país vive uma alta de contágios que levou o governo a adotar o confinamento de mais de 16 milhões de pessoas na região metropolitana de Santiago e em outras cidades. O país registra, até o momento, 977.243 casos e 22.754 mortes, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

O Chile é o país que vem vacinando com maior rapidez e quantidade na América do Sul, tornando-se um modelo de imunização na região. Quase 35% da população já recebeu ao menos a primeira dose.

Por outro lado, hospitais e centros de saúde encontram-se lotados, e médicos e enfermeiras pedem ao governo mais medidas para evitar a sobrecarga. A chegada das novas variantes ao país aceleraram as transmissões, e zonas como a região metropolitana de Santiago, Puerto Montt, Valdivia, Talca e Temuco tiveram mais mortos por coronavírus em 2021 do que em todo o ano passado.

"As vacinas são eficazes e vão ter um efeito sobre a curva de mortos, mas ainda precisamos continuar com os cuidados e vacinando. O adiamento vai nos permitir vacinar mais e proteger mais a sociedade para que a eleição seja possível com máxima segurança", afirmou Piñera. “Esta foi uma decisão muito difícil, mas devemos tomá-la, e temos plena convicção de que é o melhor para o Chile e para os chilenos."

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