Descrição de chapéu talibã Ásia

Ataque em aeroporto no Afeganistão matou 13 militares americanos, diz Pentágono

Total de vítimas já passa de 70 mortos e 150 feridos; é a 1ª morte de militares dos EUA em mais de 1 ano

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São Paulo

As explosões que atingiram o Aeroporto Internacional de Cabul, no Afeganistão, nesta quinta-feira (26), mataram 13 militares americanos, de acordo com o governo dos EUA, e deixaram outros 14 feridos.

Trata-se da primeira morte de militares americanos no Afeganistão desde fevereiro de 2020, quando dois foram mortos após um homem com uniforme do Exército afegão abrir fogo, e a maior baixa em um só incidente desde os 30 soldados mortos depois de um helicóptero ser abatido, em agosto de 2011.

Segundo estudo da Universidade Brown (EUA), cerca de 2.300 militares dos EUA morreram no país até 2019. O número de afegãos mortos na ação desta quinta, por sua vez, já chega a 60, e o de feridos, a 143.

As forças americanas estão em operação de retirada do país, cujo prazo final para ser concluída é 31 de agosto, e coordenam, no terminal de passageiros, o resgate de diplomatas, cidadãos ocidentais e afegãos que auxiliaram a ocupação dos EUA. Cerca de 5.200 militares têm feito a segurança do aeroporto.

Nesta quinta, duas explosões atingiram os arredores do terminal, onde afegãos e ocidentais se concentram para tentar uma vaga no processo de evacuação do país, desde o último dia 15 controlado pelo grupo fundamentalista Talibã após uma rápida ofensiva que derrubou o governo em Cabul.

Uma delas ocorreu na principal entrada do terminal aéreo, o Abbey Gate, e a outra se deu próxima ao hotel Baron, nas imediações do aeroporto, ainda de acordo com o governo americano, que não descartou novos ataques na região. A embaixada dos EUA em Cabul relatou ainda disparos com armas de fogo.

Ao menos 60 pessoas feridas foram atendidas em um hospital de Cabul, e civis afegãos, soldados talibãs e, como já citado, militares americanos estão entre os atingidos pela ação terrorista.

"Podemos confirmar que militares americanos foram mortos no complexo ataque ao aeroporto de Cabul nesta quinta. Vários outros ficaram feridos e estão recebendo tratamento. Sabemos que muitos afegãos foram vítimas desse ataque hediondo", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em comunicado.

"Nossos pensamentos e orações para as pessoas queridas e os colegas dos mortos e feridos."

Os ataques ocorrem após a Casa Branca e seus aliados alertarem sobre riscos de atos terroristas da filial afegã do Estado Islâmico, adversária do Talibã, o que impactou o processo de retirada do país.

Autoridades americanas disseram à Associated Press acreditar que o grupo terrorista seja responsável pelo que foi descrito pelo Pentágono como um "ataque complexo". O Talibã negou a autoria da ação e, numa manifestação de tom político, afirmou que quem cuida da segurança da região são os EUA.

Na tarde desta quinta, um dos porta-vozes do grupo publicou comunicado no Twitter em que diz "condenar veementemente" o atentado, "ocorrido em uma área onde as forças dos EUA são responsáveis pela segurança". O grupo disse ainda que "presta muita atenção à segurança e proteção de seu povo".

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