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Japão condena chefe da Yakuza à morte pela 1º vez após ataques que deixaram um morto

'Vocês vão se arrepender pelo resto da vida', disse Nomura Satoru, líder local do grupo

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São Paulo

Um chefe local da máfia japonesa Yakuza foi condenado à morte no sul do Japão devido à acusação de comandar quatro ataques que deixaram um morto e três feridos. De acordo com a TV japonesa NHK, trata-se da primeira sentença de pena capital a um líder do grupo.

Nomura Satoru, 74, é considerado chefe da gangue Kudo-kai, que atua na região de Fukuoka.

Os ataques ocorreram entre 1998 e 2014. Num deles, o líder de uma cooperativa de pesca foi morto a tiros, e outras três pessoas ficaram feridas: um dentista, um policial, baleado, e uma enfermeira, esfaqueada.

Nomura Satoru, chefe local da Yakuza, em 2010
Nomura Satoru, chefe local da Yakuza, em 2010; ele foi condenado a morte por ataques que deixaram uma pessoa morta - Reprodução/NHK

Embora não houvesse evidências da participação direta de Nomura, os promotores enfatizaram que os ataques não poderiam acontecer sem a autorização do chefe do grupo, motivo pelo qual foi condenado.

Nomura negou envolvimento nos crimes, e advogados disseram que vão recorrer da sentença. "Pedi uma sentença justa. Vocês vão se arrepender pelo resto da vida", disse ele, de acordo com a rede britânica BBC.

A pena de morte é aplicada no Japão apenas em casos de assassinatos, e os criminosos são mortos por enforcamento, mas esse tipo de condenação é menos comum. Em 2020, por exemplo, nenhuma pessoa foi executada, segundo a imprensa local. Entre 2012 e 2019, 46 pessoas foram mortas.

Com Reuters

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