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Ômicron força cancelamento de mais de 2.000 voos na véspera de Natal

EUA são principal afetado, mas quem consegue embarcar esquece preocupação com coronavírus

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Nova York | Reuters

Quase 2.300 voos foram cancelados ao redor do mundo nesta sexta (24), de acordo com o site de monitoramento de voos Flight Aware, atrapalhando os planos de Natal de milhares de viajantes.

O principal motivo é o aumento dos casos de Covid causado pela nova e altamente transmissível variante ômicron do coronavírus, que atingiu também funcionários de companhias aéreas.

Deste total, a maioria —22%— foi relativa aos Estados Unidos: foram 460 cancelamentos de viagens internas, que chegariam ao país ou que dali sairiam com destino a outros países.

Passageiros no aeroporto de Los Angeles, durante as festas de fim de ano
Passageiros no aeroporto de Los Angeles, durante as festas de fim de ano - Bing Guan - 22.dez.21/Reuters

Os americanos que conseguiram embarcar, contudo, deixaram de lado as preocupações com uma possível infecção por coronavírus no segundo Natal da pandemia.Moses Jimenez, um contador de Long Beach, no estado do Mississippi, voou para Nova York com sua mulher e três filhos, embora o coronavírus tenha frustrado suas esperanças de assistir a uma apresentação de "Hamilton" ou visitar alguns museus.

"Hamilton" foi um de uma dúzia de shows da Broadway forçados a cancelar apresentações nesta semana, pois atores e membros da equipe receberam diagnóstico de Covid. Os museus foram riscados do itinerário porque muitos exigem comprovante de vacinação, e as duas crianças não se qualificam para a injeção.

Em vez disso, Jimenez, 33, disse que sua família vai aproveitar a viagem andando pelas ruas e parques da cidade, enquanto vê parentes e amigos. No dia de Natal, planejam desfrutar de uma refeição caseira, tradição da família, em seu alojamento na cidade. "Queríamos apenas sair de casa, realmente, levar as crianças para a cidade no Natal", disse Jimenez à agência Reuters no aeroporto LaGuardia, em Nova York.

As infecções aumentaram nos EUA nos últimos dias devido à ômicron, detectada em novembro e responsável por quase três quartos dos casos no país e até 90% em algumas áreas, como na costa leste.

O número médio de novas infecções aumentou 37%, para 165 mil por dia na semana passada, de acordo com uma contagem da Reuters. Os totais diários de óbitos e internações, contudo, pouco mudaram em todo o país nos últimos sete dias, mas saltaram 55% e 28%, respectivamente, ao longo de dezembro.

Autoridades de saúde dos EUA disseram que as pessoas que estão totalmente vacinadas devem se sentir confortáveis em continuar com suas viagens de férias e reuniões familiares. Eles alertaram que aqueles que não foram vacinados correm maior risco de adoecer gravemente ou morrer em razão do vírus.

A rápida disseminação da ômicron também vai prejudicar a icônica celebração da véspera de Ano-Novo em Nova York pelo segundo ano consecutivo. O prefeito Bill de Blasio disse que o público para a festividade da meia-noite do dia 31 na Times Square será limitado a 15 mil pessoas.

Segundo o jornal The New York Times, na Austrália dezenas de voos foram cancelados nas principais cidades, Sydney e Melbourne, à medida que os casos de coronavírus no país atingiam seu nível mais alto desde o início da pandemia. Na Europa, uma porta-voz do serviço da Eurostar, que liga Paris a Londres, disse na manhã desta sexta que, devido às restrições de viagens em todo o continente, um pequeno número de trens foi cancelado devido a uma queda na demanda.

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