Mais de 4.000 voos são cancelados em decorrência de variante ômicron e mau tempo

Suspensões e atrasos vêm sendo registrados desde o começo da temporada de festas

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São Paulo | Reuters

Mais de 4.000 voos foram cancelados no mundo neste domingo (2), cerca da metade deles nos Estados Unidos, devido ao mau tempo e ao aumento de casos de Covid provocados pela variante ômicron. Mais de 11,2 mil voos sofreram atrasos globalmente.

O Natal e o Ano-Novo são, em geral, responsáveis por provocar picos no tráfego aéreo de passageiros, mas a rápida disseminação da nova cepa do coronavírus forçou companhias a cancelarem voos depois de pilotos e comissários se infectarem e terem de entrar em quarentena —provocando um acúmulo de suspensões e atrasos de trajetos.

O avanço da ômicron levou ao cancelamento de festividades de Ano-Novo em diferentes partes do mundo. Cidades como Paris, na França, e Londres, na Inglaterra, não realizarem grandes eventos públicos; em outros locais, mesmo festas privadas tiveram limitação de público, para evitar aglomerações.

Homem usando máscara carrega carrinho com malas em corredor de aeroporto, em que estão outros passageiros carregando malas e usando máscaras
Viajantes no aeroporto internacional de Miami, nos Estados Unidos - Joe Raedle -28.dez.2021/Getty Images/AFP

Os voos cancelados no domingo nos EUA chegaram a mais de 2.400, de acordo com o site Flight Aware, que compila dados sobre o setor. A SkyWest e a SouthWest estão entre as empresas com o maior número de viagens suspensas (510 e 419, respectivamente).

A tripulação de cabine, pilotos e a equipe de apoio de companhias aéreas no país vinham se mostrando relutantes em trabalhar durante a época de festas, apesar das ofertas de bonificações. Muitos temiam contrair Covid e estavam reticentes em lidar com passageiros que não seguem regras de segurança, afirmaram sindicatos do setor.

A França incluiu os EUA, onde as novas infecções estão ultrapassando 300 mil por dia, em sua lista vermelha, o que significa que os viajantes não vacinados vindos do país terão de ficar em quarentena por 10 dias.

Anthony Fauci, principal assessor da Casa Branca para assuntos relacionados à pandemia, disse que o país deve se concentrar menos no número de infecções e mais no de hospitalizações e mortes.

Segundo Fauci, que deu uma entrevista à rede ABC, muitas novas infecções, especialmente em pessoas vacinadas, resultam em casos sem sintomas ou com sintomas leves, tornando o número absoluto de casos menos importante do que nas variantes anteriores do vírus.

"A verdadeira questão com a qual você tem de preocupar é se estamos ficando protegidos pela vacina contra casos graves que levam à hospitalização", afirmou.

"Ainda estou muito preocupado com as dezenas de milhões de pessoas que não foram vacinadas porque, embora muitas delas se tornem assintomáticas e levemente sintomáticas, um grande número delas vai contrair a doença de forma grave."

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