Descrição de chapéu Coronavírus

EUA retiram Brasil e mais de 80 países da lista de destinos não recomendados devido à Covid

CDC atualizou critérios de recomendações de viagem, e alterações foram celebradas por companhias aéreas

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Washington | Reuters

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos atualizou nesta segunda-feira (18) os critérios usados para basear recomendações feitas à população sobre viagens internacionais em meio à pandemia de Covid. Com isso, 89 países deixaram a categoria de mais alto risco, que antes agrupava destinos não recomendados para viagens.

Por ora, essa lista está vazia, e as nações até então remanescentes ali —como Brasil, Reino Unido, França, Japão e Rússia— foram para o nível 3 das categorias, descrito como de alto risco. Há ainda o nível 2, de risco moderado, e o 1, de baixo risco. A principal recomendação, para os três, é a de que o passageiro esteja vacinado contra a Covid para viajar.

Homem faz check-in para viagem no Aeroporto Internacional de São Francisco, na Califórnia - Justin Sullivan - 19.abr.22/AFP

Em nota, o CDC explicou que a nova categoria 4, renomeada no site como "circunstâncias especiais", será agora destinada a países e territórios onde houver uma rápida escalada nos casos diários de Covid, o surgimento de uma nova variante ou o colapso do sistema de saúde local.

Antes, eram agrupadas ali as nações nas quais mais de 500 novos casos diários da doença por 100 mil habitantes tivessem sido contabilizados no último mês. "Acreditamos que a estrutura atualizada ajudará os americanos a tomar decisões mais bem informadas sobre a segurança das viagens internacionais", acrescentou o órgão, que também mencionou o fato de o número de novas infecções apresentar leve alta nos EUA, onde a subvariante BA.2 constitui mais de 85% dos casos.

As últimas semanas indicam alta de casos de Covid. Dos 50 estados americanos, 27 registraram piora nos contágios. A alta do momento atinge especialmente a região noroeste do país, que inclui Nova York e Washington. A área tem tido em torno de 120 novos casos diários por 100 mil habitantes. É o dobro do registrado em março, mas ainda muito distante da taxa de 2.200 vista em janeiro.

Companhias aéreas e grupos de viagens têm pressionado o governo do presidente Joe Biden a suspender os requisitos de testes negativos antes do embarque em viagens internacionais e argumentavam que a antiga categoria recomendando que não se viajasse para alguns destinos desencorajava o turismo.

Empresas da área já haviam celebrado o fim da obrigatoriedade de máscara no transporte público americano, determinação de uma juíza federal que contrariou recomendação anterior da Casa Branca.

Logo após o anúncio, também feito na segunda (18), todas as principais companhias aéreas, como American Airlines, United Airlines e Delta Airlines, bem como a empresa de trem nacional Amtrak, relaxaram as restrições e a obrigatoriedade do item imediatamente.

"Estamos aliviados em ver a obrigatoriedade de máscara nos EUA ser suspensa para facilitar as viagens globais, pois o coronavírus fez a transição para um vírus sazonal comum", afirmou a Delta em nota, acrescentando que o item será opcional para todos os funcionários, membros da tripulação e clientes.

No caso de viagens para o Brasil, que está no grupo de alto risco, o CDC recomenda que os passageiros evitem viajar para o país, mesmo se estiverem vacinados, argumentando que ainda pode haver risco de contrair e disseminar o vírus. Diz ainda que aqueles com sistema imunológico enfraquecido ou mais propensos a desenvolver doenças graves, mesmo vacinados, devem considerar adiar a viagem.

A média semanal de admissões de novos pacientes com Covid em hospitais americanos foi de 1.416 na semana encerrada em 16 de abril, cifra que representa uma redução de mais de 93% em comparação com o número observado na primeira semana deste ano. Os dados são da plataforma de monitoramento do CDC. Aproximadamente 66% da população americana completou o primeiro esquema vacinal (recebeu as duas primeiras doses ou a dose única), e 45,4% já receberam a dose de reforço.

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