O papa Francisco nomeou três mulheres —duas freiras e uma leiga—, para um comitê até então exclusivamente masculino que o aconselha na escolha dos bispos da Igreja Católica, informou o Vaticano nesta quarta-feira (13).
Em uma entrevista dada no início do mês, o religioso já tinha antecipado a decisão, explicando que queria dar às mulheres cargos mais importantes e influentes na Santa Sé.
As indicadas são a irmã Raffaella Petrini, italiana que atualmente é vice-governadora da Cidade do Vaticano, a freira francesa Yvonne Reungoat, ex-superior geral de uma ordem religiosa, e a leiga argentina Maria Lia Zervino, presidente da União Mundial de Organizações de Mulheres Católicas.
As três mulheres estavam entre as 14 pessoas nomeadas para o Dicastério para os Bispos, um colegiado que examina os candidatos e aconselha o papa sobre quais padres devem assumir o posto. Os outros 11 nomeados eram cardeais, bispos e padres. Os mandatos duram cinco anos.
"Dessa forma, as coisas estão se abrindo um pouco", disse Francisco na entrevista de 2 de julho à agência Reuters, em sua residência, quando divulgou a decisão de nomear mulheres.
Além de Petrini, que como vice-governadora é a mulher mais poderosa do Vaticano, Francisco já nomeou várias mulheres, tanto freiras quanto leigas, para os departamentos locais.
No ano passado, ele escolheu a freira italiana Alessandra Smerilli para a posição número dois no escritório de desenvolvimento do Vaticano, que lida com questões de justiça e paz.
Além disso, nomeou Nathalie Becquart, francesa que integra as Irmãs Missionárias Xaviere, como subsecretária-adjunta do Sínodo dos Bispos, que prepara grandes reuniões mundiais a cada poucos anos.
Entre as mulheres leigas que já ocupam cargos importantes no Vaticano estão Barbara Jatta, a primeira diretora dos Museus do Vaticano, e Cristiane Murray, vice-diretora da Sala de Imprensa do Vaticano. Ambas também foram indicadas por Francisco.
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