O presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse, neste domingo (2), que a forças armadas da Ucrânia liberaram os assentamentos de Arkhanhelske e de Myrolyubivka na região de Kherson.
A menção à liberação ocorreu em uma mensagem a forças ucranianas específicas que se destacaram na linha de frente da guerra da Ucrânia.
A agência Reuters não conseguiu, até o momento, confirmar essas informações.
No mesmo anúncio, Zelenski afirmou, sem dar mais detalhes, que o sucesso das forças ucranianas não se limitava às regiões de Liman e de Donetsk.
Neste domingo (2), a Ucrânia anunciou ter assumido o controle total da cidade de Liman, ponto estratégico na autoproclamada república popular de Donetsk.
"Na última semana, o número de bandeiras ucranianas no Donbass [região ao leste] aumentou. Haverá ainda mais dentro de uma semana", disse Zelenski, que também acrescentou que a guerra contra a Ucrânia representa um "erro histórico para a Rússia".
"Liman está totalmente livre. Obrigada, tropas", completou o presidente, em um vídeo curto.
O revés para as tropas russas aconteceu depois de seu presidente, Vladimir Putin, ter proclamado a anexação de quatro regiões ucranianas (Donetsk e Lugansk, além das áreas ao sul de Kherson e Zaporíjia) –uma área que incluía Liman. Lugansk e Donetsk compõem o Donbass (leste russófono no centro do conflito).
A incorporação dos territórios ao domínio de Moscou foi formalizada pelo presidente Vladimir Putin na sexta-feira (30), em um movimento que gerou reação internacional e motivou a convocação da reunião do Conselho de Segurança, o mais importante das Nações Unidas —o Brasil se absteve na votação de uma resolução do órgão condenando a anexação.
Com a tomada de Liman, Kiev poderá estabelecer uma ponte para uma eventual invasão de Lugansk, área que está quase totalmente ocupada por Moscou —pontos-chave como Kreminna, Severodonetsk e Lisitchansk ficam a menos de 50 km de Liman.
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