Um pequeno templo budista na Tailândia ficou vazio depois que todos os monges foram reprovados nos exames toxicológicos, informaram as autoridades locais.
As avaliações de quatro monges, incluindo o abade, no distrito de Bung Sam Phan, na província de Phetchabun, no norte do país, mostraram presença de metanfetamina, contou Boonlert Thintapthai, uma autoridade local, à agência de notícias AFP.
Os monges teriam sido retirados do templo na segunda-feira (28), depois que a polícia os submeteu a exames toxicológicos de urina. As autoridades não disseram, no entanto, o que chamou a atenção para o templo. A operação ocorreu em meio a uma campanha nacional de combate ao narcotráfico.
Thintapthai afirmou que os monges foram posteriormente enviados a uma clínica para serem submetidos a um programa de reabilitação de drogas. Ele disse à AFP que "o templo agora está vazio, sem monges, e os moradores da região estão preocupados que não vão poder obter qualquer mérito".
A obtenção do mérito é uma importante prática budista em que os devotos ganham uma força protetora por meio de boas ações —nesse caso, dando comida aos monges.
Thintapthai afirmou que as autoridades regionais procuraram a ajuda do chefe monástico local, que prometeu designar novos monges para o templo em uma tentativa de resolver as preocupações dos fiéis.
Nos últimos anos, a metanfetamina se tornou um grande problema na Tailândia —e as apreensões da droga bateram recorde em 2021, de acordo com o Escritório da ONU sobre Drogas e Crimes.
O país é um importante ponto de passagem para a droga. Elas chegam de Mianmar, o maior produtor mundial de metanfetamina, via Laos. As pílulas são então vendidas por cerca de 50 bahts (R$ 7,40).
No mês passado, o premiê tailandês, Prayuth Chan-ocha, ordenou uma campanha de repressão às drogas depois que um ex-policial que havia sido demitido por porte de metanfetamina matou 37 pessoas durante um massacre em uma creche.
- Este texto foi originalmente publicado aqui.
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