Dez pessoas, incluindo cinco crianças e adolescentes de 3 a 15 anos, morreram após um incêndio em um prédio residencial em Vaulx-en-Velin, subúrbio de Lyon, no leste da França, nesta sexta-feira (16). Outras 19 pessoas ficaram feridas, e ao menos quatro delas estão em estado grave.
Segundo autoridades, o fogo começou no térreo por volta das 3h no horário local (23h de quinta-feira em Brasília) e se espalhou pelo prédio de sete andares.
Imagens nas redes sociais mostraram uma nuvem escura de fumaça pairando sobre o prédio no início do dia. "Fui acordado pelos gritos", disse um vizinho, identificado apenas como Mohamed, ao jornal Le Progres de Lyon. "Queríamos ajudar as pessoas, mas a fumaça era muito densa."
À agência de notícias AFP testemunhas disseram ter visto moradores encurralados pelas chamas se jogando pelas janelas para tentar se salvar.
A promotoria de Lyon abriu uma investigação para determinar como o incêndio começou e disse que não pode descartar nenhuma hipótese, incluindo a de que alguém iniciou as chamas deliberadamente.
Cerca de 180 bombeiros foram acionados para a ocorrência. O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, esteve no local e disse que manteve contato com o presidente Emmanuel Macron sobre o incidente.
Manifestações de solidariedade às vítimas e a seus familiares foram publicadas nas redes sociais. "Tristeza pelo trágico incêndio que afetou Vaulx-en-Velin. Expresso meu apoio às vítimas e seus familiares", escreveu no Twitter a primeira-ministra Élisabeth Borne.
Escolas nas quais estudavam algumas das vítimas criaram unidades de apoio psicológico a sobreviventes e a seus familiares. Vizinhos disseram à mídia local que invasores, suspeitos de tráficos de drogas, moravam no andar térreo do prédio, localizado em uma região pobre de Lyon. A taxa de pobreza em Vaux-en-Velin, que tem cerca de 50 mil habitantes, é de 33%, segundo as últimas estatísticas oficiais.
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