Presidente da África do Sul descarta renúncia em meio a escândalo

Relatório parlamentar acusa Cyril Ramaphosa de ocultar US$ 508 mil em dinheiro vivo em uma de suas propriedades

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Joanesburgo | AFP

Apesar do escândalo sobre o dinheiro em espécie encontrado em sua casa, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, não tem intenção "de renunciar ou de se afastar", disse seu porta-voz, neste sábado (3).

Ramaphosa decidiu "não renunciar devido a um relatório equivocado e tampouco se afastará" da linha de frente política, reforçou Vincent Magwenya. O líder sul-africano está na berlinda desde a publicação, na quarta-feira (30), de um relatório parlamentar. O documento revelou que, durante um assalto a uma de suas propriedades, foram encontrados maços de notas escondidos em um sofá, no total de US$ 508 mil.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa - Daniel Leal - 23.nov.22/AFP

"Pelo interesse e pela durabilidade, no longo prazo, da nossa democracia constitucional, para além da Presidência de Ramaphosa, deve-se questionar um relatório tão pouco rigoroso, sobretudo, se for usado para destituir um chefe de Estado em exercício", completou.

O escândalo começou em junho, quando um ex-diretor dos serviços de Inteligência, próximo aos críticos de Ramaphosa em seu próprio partido, moveu uma ação contra o presidente por ter ocultado o assalto.

O presidente sempre negou que isso tenha ocorrido e, até agora, a denúncia não gerou uma acusação.

O líder sul-africano, contudo, poderá ser alvo de um processo de impeachment. O Parlamento se reúne na próxima terça-feira (6) para votar sobre a ativação, ou não, desse processo. Vários membros influentes do Congresso Nacional Africano (CNA, partido do governo) já se posicionaram a favor do presidente.

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