Descrição de chapéu China Coronavírus

China diz que pico da Covid no país registrou 7 milhões de casos em um dia

Número de mortes passou de 4.000 no início de janeiro para 896 no início desta semana, segundo órgão de saúde do país

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Hong Kong | Reuters

O pico de casos de Covid em um só dia na China atingiu 7 milhões de pessoas por volta de 22 de dezembro, quando também foram registradas 2,8 milhões de consultas médicas devido a sintomas de febre, afirmou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país nesta quarta-feira (25).

Já a cifra de casos graves caiu 72% em relação ao início deste mês, e as mortes diárias em hospitais diminuíram 79%, segundo o órgão. Em 4 de janeiro, o país registrou 128 mil casos graves, número que caiu para 36 mil na segunda (23), e 4.273 mortes em centros médicos —foram 896 no início desta semana.

Médicos atendem paciente em UTI de hospital do distrito de Pengshan, em Meishan
Médicos atendem paciente em UTI de hospital do distrito de Pengshan, em Meishan - 21.jan.23/cnsphoto/Reuters

No Brasil, o pico diário de casos foi no dia 3 de fevereiro de 2022, quando foram registradas 1,3 milhão de pessoas infectadas. Nos EUA, o número mais alto de casos em um só dia foi 4 milhões, em 10 de janeiro de 2022. Com 1,4 bilhão de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo.

Os dados foram divulgados após Wu Zunyou, chefe de epidemiologia do centro, dizer que o país não terá uma segunda onda de infecções nos próximos três meses e que 80% da população já foi contaminada.

Na semana passada, a Comissão Nacional de Saúde já havia afirmado que o país superou o pico de pacientes com Covid em clínicas e salas de emergência. Segundo os dados oficiais, quase 60 mil pessoas com a doença morreram em hospitais em pouco mais de um mês, até 12 de janeiro, depois de a China desmontar a política Covid zero com intensidade após uma série de protestos contra as medidas.

Especialistas dizem que essa cifra provavelmente subestima o impacto total, por excluir quem morreu em casa e porque muitos médicos relatam ser desencorajados a citar a Covid como causa da morte.

Em meio a um dos piores surtos da doença, o país mudou a definição de óbito por Covid no final do ano passado. Nessa classificação, criticada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), infectados pelo vírus que morrerem com outras condições associadas não entram na contabilização de vítimas pela doença.

O país festeja nesta e na próxima semana o Ano-Novo Lunar, na primeira grande celebração sem as restrições da Covid zero. Em janeiro, a preocupação com a alta nos casos devido ao fluxo de viagens fez com que uma autoridade do governo desencorajasse publicamente a população a visitar parentes idosos.

A tendência do feriado é que habitantes das grandes metrópoles viajem para suas províncias de origem, muitas vezes mais afastadas, com um sistema de saúde menos bem equipado e taxas de vacinação menores. O índice de imunização entre os idosos também é tema de atenção nesse momento —ainda que nos últimos dias a própria OMS tenha feito elogios ao país pelo que chamou de "enorme progresso e esforço" na campanha entre esse público.

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