Descrição de chapéu Guerra da Ucrânia Rússia

Rússia acusa Estônia de russofobia e expulsa embaixador em meio à Guerra da Ucrânia

Aliada de Kiev na Guerra da Ucrânia, Tallinn ordena saída de representante russo de seu território na mesma data

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Moscou

A Rússia anunciou a expulsão do embaixador da Estônia e acusou o país de "absoluta russofobia".

A decisão, nesta segunda-feira (23), se dá cerca de dez dias após a república báltica ordenar o afastamento de 21 diplomatas russos, defendida como uma tentativa de alcançar paridade entre as representações das duas nações —na ocasião, o chanceler estoniano, Urmas Reinsalu, afirmou não haver motivos que justificassem a dimensão da embaixada russa, que contava com 44 pessoas.

Mulher caminha em frente à embaixada da Estônia em Moscou - Kirill Kudriavtsev - 23.jan.23/AFP

A pasta deu um ultimato ao embaixador estoniano em Moscou, que deverá deixar o posto até 7 de fevereiro —os países passarão a ser representados por encarregados de negócios interinos. A Estônia, por sua vez, afirmou "respeitar o princípio da reciprocidade nas relações com a Rússia" e ordenou que o embaixador russo em Tallinn deixe o país na mesma data —a Letônia determinou a mesma decisão.

Em nota, a chancelaria de Moscou disse que o país vizinho elevou a hostilidade "a um patamar de política estatal" e que, nos últimos anos, "vem destruindo de propósito as relações com a Rússia". Ao comentar o caso, a porta-voz da chancelaria, Maria Zakharova, afirmou que "o regime da Estônia teve o que merecia".

Trata-se da primeira vez que a Rússia expulsa o embaixador de um país-membro da União Europeia desde o início da Guerra da Ucrânia. A rusga se agrava em um momento em que a Estônia —que também integra a Otan, a aliança militar do Ocidente— reforça a postura como forte aliado do país invadido.

Na semana passada, Tallinn anunciou um pacote de mais armamentos a Kiev e voltou a pedir a nações ocidentais que enviem tanques às forças de Volodimir Zelenski para ajudar a conter as ações de Moscou.

Ao lado de seus vizinhos no Báltico, Letônia e Lituânia, também buscou aumentar a pressão para que a Alemanha permita o envio de blindados Leopard para o front da batalha —o modelo é o principal em operação na Europa hoje, e 15 países têm cerca de 2.500 unidades deles.

Uma reunião no final da semana passada, que tinha como intuito decidir sobre o envio de tanques para a Ucrânia, terminou sem resolução clara. Cerca de 50 países aliados de Zelenski participaram do encontro, realizado em uma base americana em Ramstein, na Alemanha.

Os países bálticos integravam a antiga União Soviética. Eles mantêm há anos relações difíceis com a Rússia, especialmente em razão de suas opiniões divergentes em relação ao período.

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