A vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, afirmou nesta terça (10) que sua equipe de segurança desativou um explosivo colocado nas imediações da casa de sua família no município de Suárez.
No Twitter, ela publicou fotos do artefato e disse que ele tinha mais de 7 kg de material explosivo. Ele estaria depositado na via que dá acesso à casa. "Foi uma nova tentativa de atentar contra a minha vida."
Márquez é a primeira mulher e a primeira pessoa negra a assumir a Vice-Presidência da Colômbia —assim como Gustavo Petro é o primeiro líder de esquerda do país latino-americano. Advogada e ativista, ela ficou conhecida pela luta contra a mineração ilegal.
Em 2019, quando ganhou projeção, Márquez e outros líderes sociais foram alvo de um ataque armado durante uma reunião em Santander de Quilichao, no norte de Cauca. Na ocasião, uma granada também foi lançada contra eles. O então presidente do país, Iván Duque, condenou o atentado e disse que era preciso um plano para acabar com a violência contra lideranças populares.
A agenda de segurança é uma das principais na pauta do governo de Petro e Márquez. A dupla assumiu com a promessa de acabar com o conflito com grupos armados que há décadas vigora no país. Nos últimos dias, porém, um dos primeiros fracassos da gestão foi noticiado.
Petro havia anunciado, na virada do ano, um acordo de cessar-fogo temporário com os cinco principais grupos armados do país, entre os quais o ELN (Exército de Libertação Nacional). O grupo, porém, desmentiu que tenha participado das negociações para o acordo, que classificou de unilateral. Um dia depois, Petro anunciou a suspensão da medida, em uma ação criticada por opositores.
Márquez também tem como um dos desafios ampliar sua popularidade. Em pesquisa de opinião divulgada pelo instituto Invamer em dezembro, 25% dos 1.200 colombianos entrevistados disseram ter uma imagem negativa do trabalho da vice, dois pontos percentuais acima do levantamento anterior. Cerca de 48% disseram ter uma imagem favorável —dois pontos a menos que na pesquisa prévia.
Em medida vista por analistas locais como uma tentativa de alavancar uma percepção positiva, Márquez foi anunciada recentemente por Petro como chefe do recém-criado Ministério da Igualdade e da Equidade.
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