Boeing planeja encerrar produção de caças de 'Top Gun' após 40 anos

F/A-18 Super Hornet ganhou destaque ao ser pilotado por personagem de Tom Cruise

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São Paulo

A Boeing planeja encerrar a produção do F/A-18 Super Hornet, caça que ganhou destaque ao ser pilotado pelo personagem de Tom Cruise no filme "Top Gun: Maverick", lançado no ano passado e que recebeu seis indicações no Oscar de 2023.

A empresa americana informou que o último Super Hornet deverá ser entregue à Marinha americana no final de 2025. Ao todo, foram comercializados aproximadamente 2.000 unidades do caça desde 1983 para as forças militares de Austrália, Canadá, Finlândia, Kuait, Malásia, Espanha e Suíça, além dos EUA.

Tom Cruise na cabine de caça em cena de 'Top Gun: Maverick'
Tom Cruise na cabine de caça em cena de 'Top Gun: Maverick' - Paramount Pictures/Divulgação

Segundo a Boeing, a decisão permitirá que a empresa redirecione recursos para outros programas de aeronaves militares tripuladas e não tripuladas. A agência Bloomberg informou que a empresa planeja transferir os cerca de 1.500 funcionários –de mecânicos a administradores financeiros– para outros setores.

O governo brasileiro cogitou comprar o Super Hornet em 2013, mas descartou o modelo após vir à tona que Dilma Rousseff (PT) foi alvo de espionagem realizada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos). O escândalo fez a presidente brasileira cancelar a visita de Estado que faria aos EUA em outubro daquele ano.

A aeronave está posicionada entre a chamada quarta geração, pontificada nos EUA pelo Tomcat, F-15 Eagle e outros, e a quinta, simbolizada pelo F-22 Raptor e pela mais recente família F-35.

O Super Hornet incorpora elementos de furtividade ao radar, ganhando o apelido enganoso de "invisíveis", além de tecnologia de fusão de dados e de voo supersônico sustentado.

Em "Top Gun: Maverick", dirigido por Joseph Kosinski, o piloto Pete Mitchell, interpretado por Tom Cruise, é chamado de volta à Marinha dos EUA para treinar uma equipe de jovens graduados. O enredo é uma continuação de um dos maiores sucessos da carreira do ator americano e se tornou a maior bilheteria do ano passado, com a arrecadação de quase US$ 1,5 bilhões (R$ 7,7 bilhões).

O longa recebeu indicações ao Oscar nas categorias melhor filme, roteiro adaptado, montagem, canção ('Hold My Hand'), som e efeitos visuais.

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