Um policial e um civil foram mortos a tiros em protestos violentos na província de Caquetá, na Colômbia, nesta quinta-feira (2). De acordo com o governo, 79 agentes e nove trabalhadores de um campo de petróleo também foram feitos reféns por moradores de comunidades rurais.
As autoridades afirmam acreditar que dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que rejeitam o acordo de paz de 2016 podem estar envolvidos nos atos.
A violência começou na cidade de San Vicente del Caguán, onde moradores e integrantes de comunidades indígenas bloquearam o acesso ao campo de petróleo para exigir que a petroleira Emerald Energy ajude no reparo de estradas. A empresa, subsidiária da estatal chinesa Sinochem, não comentou o caso.
O presidente colombiano, Gustavo Petro condenou a morte do policial. No Twitter, disse que os atos são influenciados por grupos que querem destruir o governo e mergulhar o país em uma guerra.
Petro ainda afirmou que a Procuradoria-Geral investigará as mortes e pediu à Cruz Vermelha que preste assistência aos reféns e aos manifestantes que libertem os agentes antes de outra escalada de violência.
Manifestações em áreas próximas a projetos de extração de petróleo e mineração ocorrem com frequência na Colômbia. As comunidades pressionam as empresas a realizar obras de infraestrutura, como a construção de estradas e escolas.
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