Ao menos 58 pessoas morreram e mais de 8.000 foram afetadas no norte do Peru devido a inundações desde o início da temporada de chuvas, em dezembro.
Os números foram anunciados nesta sexta-feira (10) pela Defesa Civil do país andino. O órgão também contabiliza 57 feridos e oito desaparecidos em razão da tempestade, que ainda destruiu mais de 400 casas e tornou cerca de 2.000 inabitáveis.
Fortes chuvas são esperadas durante o verão. No entanto, a situação foi agravada pela passagem do ciclone atípico Yaku pela costa peruana ao longo da última semana —a última vez em que um fenômeno meteorológico do tipo havia sido registrado na região foi em 2017.
Acompanhadas de fortes ventos, as tempestadas se intensificaram nas últimas 48 horas, afetando zonas urbanas e rurais dos departamentos costeiros de La Libertad, Lambayeque, Piura e Tumbes, na fronteira com o Equador.
O governo peruano declarou estado de emergência em seu sistema prevenção de desastres. Também enviou alerta para a capital, Lima, que não costuma ter chuvas tão intensas, e enviou uma tonelada de alimentos e materiais de limpeza para a população afetada.
"O ciclone Yaku é um fenômeno muito incomum que tem feito que as chuvas se intensifiquem no norte", disse o diretor da Defesa Civil, César Sierra, à rádio Exitosa. O ciclone tem relação com o aquecimento das águas do Pacífico provocado pelo El Niño.
Segundo cientistas, a maior frequência e intensidade de fenômenos climáticos extremos está relacionada ao aquecimento global, provocado pela atividade humana.
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