Um edifício de quatro andares desabou no centro de Marselha, na França, deixando apenas dois mortos e ferindo ao menos cinco pessoas na madrugada deste domingo (9), noite de sábado (8) em Brasília. Durante a manhã, um segundo imóvel vizinho, que tinha sido esvaziado, também desmoronou.

Investigações preliminares apontam que uma explosão após um vazamento de gás provocou a queda do primeiro edifício. O colapso danificou as estruturas de imóveis vizinhos. Equipes trabalham para resgatar as vítimas presas sob os escombros e um incêndio dificulta a operação.

"Temos de estar preparados para a possibilidade de mortos nesta tragédia", disse Benoît Payan, prefeito de Marselha, acrescentando que o incêndio permanece ativo e é extremamente difícil de controlar.

Cinco pessoas foram resgatadas por volta das 10h no horário local (5h em Brasília). Elas foram levadas ao hospital com ferimentos graves, mas em condição estável. Uma sexta pessoa em estado de choque também recebeu atendimentos. Autoridades suspeitavam que outras oito possam estar presas sob os escombros. Na manhã da segunda-feira (10), no horário local, dois corpos foram localizados.

"Meus pensamentos estão em Marselha", escreveu nas redes sociais o presidente francês, Emmanuel Macron.

As ruas ao redor dos prédios colapsados foram isoladas. O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que os edifícios que desabaram não apresentavam problemas estruturais. Por precaução, outros 30 prédios dos arredores foram esvaziados.

"Não temos mais nada, nem mesmo uma carteira de identidade. Perdemos tudo", disse um homem que se identificou apenas como Roland, em entrevista ao jornal local La Provence. Ele conseguiu sair do prédio com a esposa e dois filhos antes do desabamento.

O caso traz à memória outro incidente semelhante na cidade. Em 2018, dois prédios desabaram também no centro de Marselha e provocaram oito mortes. À época, investigações apontaram que os edifícios eram insalubres.