Quase 8.500 civis morreram na Guerra da Ucrânia desde o início do conflito, de acordo com estimativa publicada pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, que monitora o tema, nesta terça (11).
Desde 24 de fevereiro de 2022, dia em que o Exército da Rússia invadiu o país vizinho e deu início ao maior conflito em território europeu desde a Segunda Guerra Mundial, ao menos 8.490 civis morreram e outros 14,2 mil ficaram feridos. O balanço vai até o último domingo (9).
A ONU desde o início sublinha que as cifras representam apenas a "ponta do iceberg" de um número de mortos que tende a ser maior. A subnotificação se deve ao acesso limitado às zonas de guerra e a informações por vezes pouco confiáveis dos dois lados do conflito.
A maior parte das mortes foi registrada em porções do território controladas por Kiev, mas sob intenso ataque das forças de Moscou. Nas regiões de Donetsk e Lugansk, que, juntas, formam o russófono Donbass, no leste ucraniano, por exemplo, foram quase 4.000 óbitos.
"O alto comissariado acredita que os números reais sejam consideravelmente mais altos, já que o recebimento de informações de alguns locais onde ocorrem intensos conflitos foi adiado, e muitos relatórios ainda não puderam ser produzidos", disse o braço da ONU.
A Rússia nega, desde o início do conflito, que seu Exército ataque civis. O número de mortos tem caído aos poucos desde o início do conflito. Em março de 2022, no primeiro mês da invasão russa, houve o registro da morte de 4.000 civis. Já em março desde ano, a ONU documentou 178 óbitos.
Os dados revelam que a maior parte das vítimas é formada por homens (3.817) —há também mais de 500 menores de idade. A ONU mostra ainda que mais de 7.000 civis foram mortos em ataques com explosivos de ampla magnitude, e outros 261 teriam falecido em acidentes com minas terrestres e explosivos remanescentes em áreas de conflito. Mais 1.218 vítimas morreram devido a, por exemplo, ataques a tiros.
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