Descrição de chapéu aborto

Chefe de Estado-Maior do Exército dos EUA deixa cargo em reação a manobra antiaborto

Republicano tem travado nomeações militares em protesto contra política do Pentágono relacionada ao procedimento

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Washington | AFP e Reuters

O Chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, o general James McConville, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (4) devido ao congelamento de nomeações de militares coordenado por um senador conservador. Agora, duas das Forças americanas estão sem comandantes, uma vez que o líder dos Fuzileiros Navais também deixou o posto no início de julho.

Desde fevereiro, Tommy Tuberville, senador republicano do Alabama, tem se esforçado para travar promoções e nomeações nas Forças Armadas em oposição à política do Departamento de Defesa do governo de Joe Biden que pretende facilitar o acesso ao aborto.

O general James McConville, então chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, durante audiência no Senado, em Washington - Nicholas Kamm - 5.mai.22/AFP

A medida do Pentágono foi uma resposta à decisão da Suprema Corte de derrubar o direito constitucional ao procedimento no ano passado, levando à sua proibição em diversos estados.

Sob o argumento de que as mulheres das Forças Armadas não têm poder de decisão sobre onde estarão posicionadas, o órgão militar se comprometeu a oferecer até 21 dias de folga e a cobrir custos de viagem para aquelas que precisarem viajar para ter acesso ao aborto em lugares onde a prática ainda é permitida.

Senador republicano Tommy Tuberville, do Alabama, gesticula sentado à mesa no Capitólio
Senador republicano Tommy Tuberville, do Alabama, em audiência sobre Covid-19 no Capitólio, em Washington - Shawn Thew - 11.jan.22/Reuters

O senador Tuberville, porém, argumenta que o Pentágono está usando fundos de governo de maneira indevida. Os novos líderes do Exército e da Marinha —respectivamente Randy George e Eric Smith— já são conhecidos, mas só podem atuar como chefes interinos até que a nomeação seja confirmada. O republicano já paralisou mais de 300 nomeações.

O Senado, formado em sua maioria por democratas, até pode impedir os bloqueios e votar cada promoção individualmente, mas isso atrasaria muito as mudanças de cargo.

"Hoje, pela primeira vez na história do Departamento de Defesa, dois de nossos serviços estarão operando sem lideranças confirmadas pelo Senado", disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin. "Grandes equipes precisam de grandes líderes, e isso é central para manter o poder da força de combate mais letal do planeta."

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