O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, assassinado a tiros nesta quarta (9), em Quito, já havia sofrido outro atentado, no dia 2 de setembro de 2022. Segundo denúncia feita à época, a casa do então integrante da Assembleia Nacional foi alvejada por homens que estavam em carros.
O legislador não estava na residência naquele momento, e a esposa de Villavicencio, Verónica Saráuz, foi quem escutou os disparos e chamou a polícia, que encontrou quatro cápsulas do lado de fora da casa.
À época, o político era presidente da Comissão de Fiscalização e Controle Político da Assembleia Nacional, que tem como função auditar o uso de recursos do Estado e a gestão pública.
"Esse atentado não é contra mim ou a minha família, é contra o país. Porque amanhã será qualquer colega jornalista ou político que levante sua voz. Querem semear o medo como norma de comportamento e fazer a sociedade ficar de joelhos", afirmou Villavicencio em entrevista após o atentado ocorrido em 2022.
Villavicencio, 59, foi assassinado nesta quarta-feira com três tiros na cabeça após evento de campanha em Quito. A morte foi confirmada pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, pelas redes sociais.
O ataque ocorreu por volta das 18h20 desta quarta, noite no Brasil. Ele saía do colégio onde o ato ocorreu quando foi atingido por disparos ao entrar em um veículo à espera dele. Durante a campanha eleitoral, Villavicencio já havia denunciado ao menos três ameaças feitas pelo grupo criminoso Los Choneros.
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