Descrição de chapéu Rússia

Ucrânia detém mulher acusada de planejar assassinato de Zelenski

De acordo com serviço secreto ucraniano, suspeita atuava como informante da Rússia e foi presa em flagrante

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São Paulo

O serviço secreto da Ucrânia divulgou nesta segunda-feira (7) a detenção de uma suposta informante acusada de planejar o assassinato do presidente Volodimir Zelenski. De acordo com o órgão, ela foi presa em flagrante enquanto tentava se comunicar com agentes da inteligência da Rússia.

Em nota, o serviço secreto, conhecido pela sigla SBU, afirmou que as suspeitas de que a mulher planejava o assassinato de Zelenski têm relação com seu comportamento pouco antes de uma viagem do líder ucraniano à região de Mikolaiv, no sul, no mês passado. Ela teria tentado prever o itinerário do presidente, listando lugares da cidade que ele provavelmente visitaria por horário.

Autoridades da Ucrânia detêm mulher acusada de planejar assassinato do presidente Volodimir Zelenski na região de Mikolaiv, no sul do país - Serviço Secreto da Ucrânia (SBU)/Reprodução

Além disso, ela também teria sido encarregada de identificar a localização de depósitos de munição e de equipamentos eletrônicos das Forças Armadas ucranianas na cidade onde morava, Otchakov. O SBU afirma que isso indica que o assassinato se daria por meio de um ataque aéreo em grande escala.

A mulher não teve seu nome revelado. Na nota, porém, o órgão diz que ela era funcionária de uma loja de artefatos militares pertencente a uma das unidades do Exército na região e conseguia as informações que repassava aos russos por meio de fontes da comunidade local e fotografando equipamentos pela região.

Acusada de vazar informações acerca da movimentação de armamentos e outros equipamentos militares do Exército ucraniano, ela pode ser condenada a até 12 anos de prisão. O Kremlin não comentou o caso.

Kiev afirma que Zelenski foi alvo de repetidas tentativas de assassinato desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022. O assessor Mikhail Podoliak, por exemplo, afirmou em 10 de março daquele ano que seu superior já havia sobrevivido a mais de uma dúzia de tentativas do tipo.

As suspeitas mais recentes se dão em um momento em que a guerra entra em sua quinta fase, caracterizada pela dificuldade de ambas as forças da Ucrânia e da Rússia de avançar. A relativa estagnação das frentes em terra foi compensada com enfrentamentos contínuos no mar Negro desde que Vladimir Putin anunciou a saída da Rússia do acordo de grãos que permitia a Kiev escoar sua produção.

Enquanto isso, Moscou e outras cidades russas passaram a ser alvos mais frequentes de drones ucranianos, em ofensivas com alto valor simbólico, além de a ponte que liga o país à Crimeia ter virado objeto de ataques marítimos. E a suposta transferência do Grupo Wagner para a Belarus após o motim fracassado dos mercenários tem gerado enorme tensão com a Polônia, vizinha da ditadura comandada por Aleksander Lukashenko e um dos mais beligerantes integrantes da Otan, a aliança militar ocidental.

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