Dois turistas de Israel são mortos a tiros no Egito

Policial é acusado de atacar vítimas após eclosão de novo conflito de Israel com facção islâmica Hamas

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Cairo | Reuters

Dois turistas israelenses e um guia egípcio foram mortos a tiros neste domingo (8) na cidade de Alexandria, no Egito, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Um policial acusado de ter assassinado as três pessoas estava sob custódia, disseram duas fontes de segurança egípcias sob condição de anonimato. Os crimes ocorreram no distrito de Sawari.

Bombeiros atuam na cidade de Askhelon, em Israel, após ataque com foguetes vindo da Faixa de Gaza
Bombeiros atuam na cidade de Askhelon, em Israel, após ataque com foguetes vindo da Faixa de Gaza - Ahmad Gharabli - 7.out.23/AFP

Outro cidadão do Egito foi ferido. Segundo autoridades, trata-se do primeiro ataque do tipo contra israelenses no território egípcio em décadas.

Os ataques ocorreram um dia após a ofensiva deflagrada pelo grupo islâmico Hamas contra Israel—Tel Aviv determinou uma "poderosa vingança". Centenas de palestinos e israelenses foram mortos.

As autoridades não haviam declarado se as mortes no Egito têm alguma relação com a guerra. O Ministério do Interior egípcio não respondeu a pedidos de comentários feitos pela agência Reuters.

Segundo uma das fontes egípcias, o policial disse que perdeu o controle e atirou aleatoriamente contra o grupo de turistas após ser provocado.

O Egito foi a primeira nação árabe a normalizar as relações com Israel, mas embora os países cooperem estreitamente em matéria de segurança e de energia, muitos egípcios, como outros em todo o mundo árabe, continuam a simpatizar com a causa palestina.

O chefe da inteligência egípcia mantém contato com autoridades de Israel e do Hamas após a eclosão da violência, disseram três fontes de segurança neste sábado.

Em junho, três soldados israelenses e um oficial de segurança egípcio foram mortos num incidente que durou horas perto da fronteira dos dois países. Na ocasião, o Exército do Egito disse que "um membro das forças de segurança estava perseguindo traficantes de drogas" e, durante a operação, atravessou um ponto de controle entre os dois países.

Cerca de mil combatentes do Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, lançaram milhares de foguetes e entraram por terra, mar e ar em Israel neste sábado, no maior ataque contra Israel em 50 anos.

Neste domingo, após Netanyahu declarar guerra, o conflito se alastrou: militares israelenses relataram que mais morteiros foram disparados do Líbano contra o norte do país. O grupo armado Hizbullah assumiu a autoria dos ataques e manifestou "solidariedade" ao povo palestino. A ação teve como alvo três postos militares nas Fazendas Shebaa, uma fatia de terra ocupada por Israel desde 1967 que o Líbano reivindicou como sua.

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