Lula depositou flores no Museu do Holocausto, ao contrário do que alega vídeo

Post mente ao dizer que presidente se recusou a fazer homenagem em visita a Jerusalém, em 2010

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São Paulo

É falso que Lula (PT) tenha se recusado a levar flores ao Museu do Holocausto, em Jerusalém, como sugere um homem em vídeo compartilhado nas redes sociais. Em 16 de março de 2010, durante viagem presidencial a Israel, o presidente, então em seu segundo mandato, visitou o local e depositou uma coroa de flores com as cores do Brasil no chão do Salão da Memória, espaço onde estão gravados os nomes dos 22 campos de concentração e extermínio nazistas.

Como verificado pelo Comprova, Lula também participou de duas cerimônias: acendeu uma chama em memória dos seis milhões de judeus mortos pelo regime nazista, para "reavivar a chama eterna", e plantou uma muda de oliveira no bosque de Jerusalém, ação simbólica que representa a continuidade da vida e a crença divina. Foi a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro a Israel, repetida em 2019 por Jair Bolsonaro (PL).

Lula está de joelhos no chão colocando a coroa em superfície baixa. Ele está de paletó escuro, gravata vermelha, camisa branca e quepá preta. Ao fundo, algo que parece ser uma chama ou um reflexo bem forte e irregular do sol
Lula deposita coroa de flores no Museu do Holocausto, em Jerusalém, em 2010 - Gil Cohen Magen - 16.mar.2010/Reuters

Além da alegação de não ter depositado flores no Museu do Holocausto, a pessoa no vídeo ainda afirma que Lula colocou flores no túmulo do líder palestino Yasser Arafat, morto em 2004. Essa afirmação é correta. De fato, o presidente foi a Ramallah, na Cisjordânia, visitar o mausoléu do ex-chefe da ANP (Autoridade Nacional Palestina) no dia seguinte à visita a Israel.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Por que investigamos

O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984. Sugestões e dúvidas relacionadas a conteúdos duvidosos também podem ser enviadas para a Folha pelo WhatsApp 11 99486-0293.

Leia a verificação completa no site do Comprova.

A investigação desse conteúdo foi feita por Nexo e Metrópoles e publicada em 18 de outubro pelo Comprova, coalizão que reúne 41 veículos na checagem de conteúdos virais. Foi verificada por Folha, Poder360, NSC, A Gazeta, Correio do Estado e Estadão.

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