Netanyahu e Biden acusam Hamas de estuprar mulheres em Israel

Premiê israelense e presidente americano conversaram por telefone três vezes desde começo do conflito

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Boa Vista

Os líderes de Israel e Estados Unidos afirmaram nesta terça (10) que mulheres foram estupradas e assassinadas por membros do Hamas durante o ataque ocorrido no fim de semana em território israelense.

"Centenas de pessoas foram massacradas, famílias inteiras foram assassinadas nas suas camas e casas, mulheres foram brutalmente violadas e assassinadas; mais de cem foram sequestrados, incluindo crianças", publicou Binyamin Netanyahu em seu perfil no X (ex-Twitter), ao comentar a conversa que teve com o presidente americano.

Binyamin Netanyahu (esq.) e Joe Biden em encontro em Nova York, em setembro
Binyamin Netanyahu (esq.) e Joe Biden em encontro em Nova York, em setembro - Kevin Lamarque - 20.set.23/Reuters

Joe Biden, em primeiro pronunciamento desde o começo do conflito, disse que mulheres foram "estupradas, agredidas e exibidas como troféus".

Os dois líderes, no entanto, não apresentaram provas das acusações.

O Hamas respondeu às falas de Biden e Netanyahu. O grupo diz que "rejeita veementemente e deplora as declarações inflamatórias que coincidiram com a agressão bárbara da ocupação israelense contra a Faixa de Gaza e o restante dos territórios palestinos ocupados".

A facção terrorista acrescenta em comunicado que a ofensiva "foi lançada para defender o povo palestino e os detidos, a mesquita de Al-Aqsa e para pôr fim à agressão, ao cerco e à ocupação israelense de sua pátria".

A ação do Hamas envolveu assassinatos de forças de segurança e civis, que também foram sequestrados. Imagens nas redes sociais começaram a surgir logo após o início da ofensiva, e alguns foram confirmados por familiares de vítimas envolvidas.

Uma dessas imagens é um vídeo em que Shani Louk, uma mulher alemã de 22 anos, aparece inconsciente e seminua na traseira de uma caminhonete sendo agredida por homens armados —a mãe da jovem reconheceu a filha no vídeo.

Mais tarde, o jornal alemão Bild relatou que a jovem foi encontrada em estado crítico em um hospital na Faixa de Gaza. "Agora temos evidências de que Shani está viva, mas tem um grave ferimento na cabeça e está em estado crítico. Cada minuto importa", afirmou a mãe da jovem, Ricarda Louk, segundo a publicação.

A jovem participava do festival de música eletrônica em que ao menos 260 corpos foram encontrados pelas forças de segurança de Israel e da qual muitos fugiram após o início da invasão. Entre eles estavam os dois brasileiros que foram depois encontrados mortos, Bruna Valeanu, 24, e Ranani Glazer, 23.

Até o momento, os Estados Unidos confirmam ao menos 14 nacionais mortos na ofensiva do Hamas, iniciada no sábado (7), quando milhares de foguetes e centenas de combatentes cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza. Israel conta até a noite desta terça (horário de Brasília) mais de mil mortos.

Israel retalia a facção lançando foguetes contra Gaza e também atingido infraestrutura e matando civis, incluindo quatro jornalistas. São 830 mortos do lado palestino, segundo autoridades.

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