Descrição de chapéu The New York Times

Estudantes abandonam aula de Hillary Clinton nos EUA após ato expor críticos de Israel

Manifestantes protestam na Universidade de Columbia e pedem compromisso da instituição com segurança

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Katherine Rosman
Nova York | The New York Times

Quase 300 estudantes assistiam na Universidade de Columbia na tarde de quarta-feira (1°) a uma palestra de duas horas sobre o envolvimento das mulheres nos processos de paz, ministrada por Hillary Clinton e Keren Yarhi-Milo, a decana da Escola de Relações Internacionais e Públicas de Columbia.

Antes mesmo da metade da aula, cerca de 30 alunos se levantaram e pegaram seus computadores e mochilas, como parte de um protesto planejado. Eles se juntaram a dezenas de outros manifestantes perto do saguão do prédio.

Hillary Clinton em evento em Washington - Mandel Ngan - 26.set.23/AFP

Os manifestantes, que se sentaram em silêncio em uma área comum do prédio, protestavam contra o que perceberam como sendo um papel da universidade em envergonhá-los publicamente, dado que fotografias suas apareceram na semana passada nas telas de um caminhão próximo ao campus. As telas mostravam os rostos dos alunos sob as palavras "os maiores antissemitas de Columbia".

Segundo os manifestantes, as fotografias foram retiradas de uma plataforma online privada e segura da universidade. Eles exigiram apoio jurídico imediato para os afetados e compromisso com sua segurança, bem-estar e privacidade.

Os estudantes cujas imagens apareceram nas telas eram membros de grupos que haviam assinado uma declaração sobre o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que dizia: "A responsabilidade pela guerra e pelas vítimas, inegavelmente, recai sobre o governo extremista israelense".

Enquanto a aula de Yarhi-Milo e Clinton terminava, por volta das 16h, os manifestantes se calaram, antecipando que a decana e a ex-secretária de Estado logo passariam pelo local do protesto, mas isso não aconteceu. Yarhi-Milo e Clinton saíram do prédio por uma porta lateral.

Um porta-voz de Columbia disse que a universidade não comentaria. O protesto ocorreu um dia depois que a universidade anunciou uma nova força-tarefa sobre a segurança de seus alunos.

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