Um funcionário sênior do governo dos Estados Unidos afirmou nesta sexta-feira (3) que os esforços para a retirada de estrangeiros da Faixa de Gaza foram atrasados pelo Hamas. O grupo terrorista teria tentado incluir seus próprios combatentes feridos entre os resgatados pela passagem de Rafah, que liga as cidades homônimas no território palestino e no Egito.
Segundo o New York Times, a explicação do funcionário mostra alguns dos detalhes negociados com a liderança do Hamas.
O funcionário do governo Joe Biden falou com jornalistas sob a condição de anonimato. Afirmou que o Hamas forneceu a Israel, aos EUA e ao Egito listas de palestinos que haviam sido feridos e que deveriam ser autorizados a sair da Gaza.
A checagem revelou que muitos deles eram combatentes da organização terrorista.
Segundo o funcionário, um terço dos palestinos que estavam na primeira lista eram combatentes do Hamas. Para as autoridades dos três países envolvidos na negociação, autorizar a saída deles era inaceitável. O Egito está especialmente preocupado com a possibilidade de terroristas entrarem no país.
O Hamas teria cedido após insistir na saída de alguns de seus combatentes. Israel, EUA e Egito teriam aceitado uma lista de palestinos feridos que não são combatentes.
Apesar das gestões feitas pelo Itamaraty, o grupo de 34 pessoas que se inscreveram para serem repatriadas ao Brasil na Faixa de Gaza seguiu nesta sexta no território sob bombardeio intenso de Israel.
"Ainda sem brasileiros", disse o embaixador do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, Alessandro Candeas. Ele trata há quase quatro semanas do processo para tentar tirar o grupo, formado na sua composição atual por 24 brasileiros, 7 palestinos buscando imigrar e 3 parentes deles.
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