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Rússia responde a ataque e bombardeia leste da Ucrânia com mísseis e drones na véspera de Ano Novo

Autoridades de Kharkiv relatam ao menos 28 feridos; ofensiva ocorre um dia após ataque ucraniano a uma cidade russa fronteiriça que matou pelo menos 24

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AFP e Reuters

A Rússia bombardeou neste domingo (31) Kharkiv, no leste da Ucrânia, com mísseis e drones, disseram autoridades ucranianas, horas depois de Moscou acusar Kiev de realizar um ataque aéreo na cidade russa fronteiriça de Belgorod que matou ao menos 24.

Na primeira onda de ataques da Rússia, pelo menos seis mísseis atingiram Kharkiv, disse o governador regional Oleh Siniehubov, ferindo pelo menos 28 pessoas e atingindo prédios residenciais, hotéis e instalações médicas.

Um bombeiro em uma grua combate um incêndio em um prédio após um ataque de drone russo em Kharkiv no início de 31 de dezembro de 2023, em meio à invasão russa da Ucrânia - Sergey Bobok/AFP

Ambos os lados aumentaram os ataques na última semana de 2023, com a Rússia matando quase 40 civis em seu maior ataque aéreo dos 22 meses de guerra na Ucrânia na sexta-feira (29).

Autoridades ucranianas disseram que dois adolescentes de 14 e 16 anos e um conselheiro de segurança de uma equipe de jornalistas alemães estavam entre os feridos em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Mais perto da meia-noite, como parte de um bombardeio mais amplo à Ucrânia que também visou Kiev, várias ondas de drones russos atingiram prédios residenciais no centro de Kharkiv, causando incêndios, disse o prefeito da cidade.

"Na véspera de Ano-Novo, os russos querem intimidar nossa cidade, mas não temos medo —somos inquebráveis e invencíveis!", disse o prefeito Ihor Terekhov. Imagens de Kharkiv mostraram prédios gravemente danificados, incluindo um hotel com muitas janelas estouradas.

A Força Aérea da Ucrânia disse que o Exército derrubou 21 dos 49 drones lançados durante a noite pela Rússia. A maioria tinha como alvo Kharkiv, Kherson, Mikolaiv e Zaporíjia, segundo informou.

Moscou afirmou que atacou instalações militares na cidade ucraniana de Kharkiv durante a noite, incluindo um hotel que abrigava comandantes militares e "mercenários estrangeiros", em resposta aos ataques da Ucrânia em Belgorod no dia anterior.

Autoridades de Kharkiv haviam dito que pelo menos seis mísseis atingiram a segunda maior cidade da Ucrânia, ferindo pelo menos 28 pessoas e danificando prédios residenciais, hotéis e instalações médicas, seguidos por ondas de ataques de drones em blocos habitacionais.

A Rússia disse que seu ataque atingiu o antigo hotel Kharkiv Palace e a sede do Serviço de Segurança Ucraniano para a região.

O Hotel Kharkiv Palace foi gravemente danificado durante ataque de mísseis da Rússia à Ucrânia - Vitalii Hnidyi/Reuters

Assim como outras zonas fronteiriças russas, Belgorod sofreu bombardeios e ataques de drones durante todo o ano, que as autoridades atribuíram à Ucrânia, embora nenhum tenha sido anteriormente em tal escala.

Segundo o jornal russo Kommersant, a Ucrânia lançou seu ataque a Belgorod a partir de um lançador múltiplo de foguetes na região de Kharkiv.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao ser questionado se falará com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, após os últimos ataques da Rússia na Ucrânia, disse: "Eu falo com ele regularmente".

Neste domingo, durante seu discurso de Ano-Novo, Vladimir Putin assegurou que a Rússia "nunca" recuará. No ano passado, o presidente russo discursou com um tom marcial, ao lado de soldados. Desta vez, afirmou que 2024 será o ano da "família", com o Kremlin ao fundo.

Não mencionou diretamente a Ucrânia, mas fez várias alusões ao país ao render homenagem aos soldados, que chamou de "heróis", e ao explicar que a Rússia "defendeu veementemente" seus interesses e sua segurança em 2023.

Um socorrista procura possíveis vítimas em uma loja parcialmente destruída por um ataque de drone russo em Kharkiv no início de 31 de dezembro - Sergey Bobok/AFP

Zelenski fará seu discurso de Ano-Novo após um 2023 marcado pelo fracasso da contraofensiva ucraniana e a paralisação quase completa da linha de frente.

A Ucrânia começa um ano difícil à medida que a ajuda ocidental começa a diminuir, o que aumenta o risco que o fluxo de munições e fundos se esgote.

Tanto do lado russo como do ucraniano, as celebrações da noite de domingo ocorrerão em clima de tensão, após os ataques dos últimos dias.

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