Equipes de resgate escavavam escombros pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (20), com temperaturas noturnas abaixo de zero grau, após um violento terremoto deixar ao menos 131 mortos no noroeste da China e soterrar uma vila.
"O cuidado e o resgate dos feridos, bem como o reparo da infraestrutura de emergência estão em andamento", informou a televisão estatal CCTV.
Milhares de bombeiros e equipes de resgate foram enviados para a área do desastre. Segundo a mídia estatal, foram mandadas 2.500 tendas, 20 mil jaquetas e 5.000 camas com rodinhas.
Enquanto isso, crescem os temores de que os sobreviventes que esperam para serem resgatados sucumbirão ao frio extremo, com temperaturas atingindo 17°C negativos na área.
De acordo com a CCTV, pelo menos 113 pessoas morreram na província de Gansu, no noroeste, e outras 18 na vizinha Qinghai, após um tremor no início da madrugada de terça (19) danificar milhares de edifícios.
Foi o terremoto mais mortal na China desde 2014, quando mais de 600 pessoas morreram em um evento do tipo na província de Yunnan, no sudoeste.
O terremoto de terça teve magnitude 6,2 e atingiu uma das regiões mais pobres do país. O epicentro do tremor foi a 100 km a sudoeste de Lanzhou, capital da província de Gansu. Localizada na fronteira nordeste de um planalto tectonicamente ativo, a região sofreu os danos mais extensos do sismo.
No entanto, tremores foram sentidos a até 1.000 km de distância, como na província central de Henan, por exemplo, onde jornais locais compartilharam vídeos de móveis balançando nas casas dos moradores.
Seguiram-se dezenas de tremores secundários, e as autoridades alertaram que novos tremores de mais de 5 graus são esperados nos próximos dias.
O Itamaraty informou nesta quarta que não há notícia de brasileiros afetados pelo terremoto e expressou condolências às famílias das vítimas.
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