Descrição de chapéu Guerra da Ucrânia Rússia

Novo ataque aéreo russo deixa cinco mortos e mais de 90 feridos na Ucrânia

Putin prometeu intensificar bombardeios em Kiev como resposta ao ataque ucraniano em Belgorod

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Kiev (Ucrânia) | AFP

O Exército russo lançou nesta terça-feira (2) novos ataques aéreos "maciços" contra a Ucrânia, matando ao menos cinco civis e deixando mais de 90 feridos, segundo as autoridades ucranianas.

Duas pessoas morreram em Kiev, duas nos arredores da capital, e uma, em Kharkiv (leste), a segunda maior cidade do país, indicaram as autoridades.

Ataque aéreo russo no centro de Kharkiv destrói prédio residencial; Zelenski denunciou "terror russo" - Sergey Bobok- 2.jan.2024/AFP

"Até agora, há 92 feridos. (...) Infelizmente quatro pessoas morreram", informou inicialmente no Telegram o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que falou em "campanha russa de terror".

Segundo o Exército ucraniano, a Rússia disparou 99 mísseis, e 72 deles foram derrubados pelas defesas antiaéreas.

Na véspera, o presidente russo, Vladimir Putin, havia prometido ampliar seus bombardeios no país vizinho, em resposta ao ataque ucraniano no sábado (30) em Belgorod, que deixou 25 mortos e 109 feridos.

"Intensificaremos os ataques, nenhum crime contra civis ficará impune, isso é certo. Os ataques serão realizados contra instalações militares", declarou Putin durante uma visita a um hospital militar.

"Utilizamos armas de precisão para atacar centros de tomada de decisão, locais onde se reúnem soldados e mercenários e outros centros semelhantes, especialmente instalações militares", afirmou, classificando o bombardeio ucraniano de Belgorod como "ato terrorista".

Ele também enfatizou que "a Ucrânia não é um inimigo" e acusou o Ocidente de usar as autoridades de Kiev para "resolver seus próprios problemas" com a Rússia.

Nas primeiras horas da manhã desta terça (2), sirenes antiaéreas soaram em Kiev. Pouco depois, dez explosões foram ouvidas e sacudiram os edifícios do centro da cidade, segundo jornalistas da AFP.

Um prédio do distrito de Solomianski, perto do centro, foi alcançado por um míssil, provocando um incêndio, afirmou o prefeito da capital, Vitali Klitschko. No total, 27 pessoas foram hospitalizadas, afirmou.

Cerca de 260 mil pessoas ficaram sem eletricidade em vários distritos de Kiev e mais de 20 mil na região de Kharkiv, afirmou o Ministério de Energia. A operadora nacional, Ukrenergo, confirmou "danos" em suas redes.

Kharkiv, perto da fronteira com a Rússia, foi alvo de "ao menos quatro ataques", que mataram uma mulher de 91 anos, segundo o governador da região, Oleg Sinegubov.

O prefeito da cidade, Igor Terekhov, também informou que "45 pessoas ficaram feridas, entre elas 5 crianças de 6 a 13 anos".

Blocos de apartamentos de vários andares e infraestruturas civis foram danificados, segundo as autoridades regionais.

"Deem armas à Ucrânia!", pediu no Telegram o secretário-geral do Conselho de Segurança e Defesa ucraniano, Oleksi Danilov.

Kiev tem enfrentado dificuldades nas últimas semanas para obter mais ajuda militar de seus aliados ocidentais. E, quase dois anos após o início da invasão, a Rússia parece estar novamente intensificando seus ataques aéreos.

Na sexta-feira passada (29), uma série de ataques com mísseis lançados pela Rússia contra a Ucrânia provocaram a morte de cerca de 40 pessoas.

No dia seguinte, 25 pessoas foram mortas em um bombardeio ucraniano na cidade russa de Belgorod, perto da fronteira.

Frente à escalada, a Polônia, vizinha da Ucrânia, anunciou a mobilização de quatro de seus caças F-16 em direção ao leste do país para "garantir a segurança" de seu espaço aéreo.

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