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EUA retiram Cuba da lista de países que não cooperam na luta contra terrorismo

Medida é simbólica, e Washington ainda considera Havana um patrocinador de ações terroristas

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Washington | Reuters

O Departamento de Estado dos EUA disse nesta quarta-feira (15) que retirou Cuba da lista de países que Washington considera que não cooperam totalmente com a luta contra o terrorismo, mas manteve Havana em outra relação —a de países que a Casa Branca afirma que patrocinam o terrorismo ao redor do mundo.

Um porta-voz do governo Joe Biden disse que a cooperação entre agentes de segurança americanos e cubanos é uma das razões pela qual Cuba foi removida da primeira lista, que também inclui Venezuela, Síria, Irã e Coreia do Norte.

Cubanos participam de manifestação do Dia do Trabalho em frente à embaixada dos EUA em Havana - Adalberto Roque - 1.mai.2024/AFP

A medida é um dos poucos acenos de Biden à ilha comunista —o democrata não reverteu as decisões duras de Trump contra Havana, como a que recolocou o país na lista de apoiadores de terrorismo, nem aliviou as sanções ou o embargo histórico dos EUA contra Cuba, que já dura mais de 60 anos.

Havana afirma que essas medidas contribuem para a severa crise econômica pela qual passa a ilha, que enfrenta escassez de alimentos, energia, combustível e medicamentos. O Departamento de Estado, por sua vez, diz que só pode reavaliar a definição de que Cuba apoia o terrorismo de acordo com critérios definidos pelo Congresso americano. Os EUA também incluem na lista a Síria, o Irã e a Coreia do Norte.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, elogiou a decisão do governo Biden, mas disse que ela não é o suficiente.

"Os EUA admitiram o que todos já sabem: que Cuba colabora com todos os esforços contra o terrorismo. Pedimos que a manipulação política sobre essa questão seja interrompida e nossa inclusão arbitrária e injusta na lista de países patrocinadores do terrorismo seja revertida", disse Rodriguez.

À agência de notícias Reuters William LeoGrande, professor da Universidade Washington's American, disse que a medida pode ser um prelúdio para os EUA reverem a designação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo.

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