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Justiça dos EUA adia julgamento de Trump em caso de documentos secretos

Em vitória para defesa do ex-presidente, processo agora não tem data para ocorrer e deve ficar para depois das eleições

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Reuters

O julgamento do caso em que o ex-presidente dos EUA Donald Trump é acusado de guardar documentos confidenciais de forma ilegal depois do término do seu mandato na Casa Branca foi adiado pela Justiça nesta terça-feira (7) por tempo indeterminado.

A decisão da juíza Aileen Cannon, indicada por Trump ao cargo em 2020, aumenta a chance de que o republicano, rival de Joe Biden nas eleições deste ano, não seja julgado nos dois casos federais aos quais responde antes do pleito em 5 de novembro.

O ex-presidente e candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano, Donald Trump, durante um evento de campanha na cidade de Green Bay, em Wisconsin - Brian Snyder - 2.abr.2024/Reuters

O julgamento estava previsto para começar no próximo dia 20, mas tanto a acusação, liderada pelo conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, quando a defesa de Trump concordaram com um adiamento da data.

Trump alega inocência nas mais de 40 acusações de que ele teria guardado documentos sensíveis à segurança nacional dos EUA na sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida, e atuado para obstruir tentativas do governo Biden de recuperar os arquivos.

Jack Smith também é responsável pela acusação do outro caso federal de Trump, o que envolve as tentativas do então presidente de reverter o resultado das eleições de 2020, quando foi derrotado por Biden.

A defesa de Trump argumenta na Suprema Corte que ele deveria ter imunidade absoluta por atos cometidos enquanto estava no cargo, e os magistrados ainda precisam se manifestar a respeito da tese —o que aumenta ainda mais a demora para que o processo comece.

Os advogados do republicano atuam para adiar o máximo possível os quatro casos criminais nos quais está Trump está envolvido. Além dos dois processos federais, o ex-presidente também responde na Justiça de Nova York por acusações de que falsificou documentos para maquiar um pagamento feito pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, com quem ele teria se relacionado fora do casamento, e na Justiça da Geórgia, acusado de interferir no processo eleitoral do estado.

O caso de Nova York começou no último dia 15 de abril, e Trump, que é obrigado a estar presente, tem ouvido depoimentos de ex-assessores e da própria Stormy Daniels, que disse nesta terça que desmaiou durante um encontro com o republicano em 2006 e que depois acordou na cama sem roupas.

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