Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Exército de Israel diz ter exterminado cerca de metade das forças do Hamas em Rafah

Tel Aviv afirma ter matado ao menos 550 terroristas e tomado controle de entre 60% e 70% da cidade na fronteira com o Egito

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São Paulo

O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira (17) ter exterminado cerca de metade das forças de combate do grupo terrorista Hamas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza —cidade que foi por meses considerada o último refúgio para cerca de 1 milhão de habitantes do território palestino e que é alvo de operações de Tel Aviv há pouco mais de um mês.

Tanques de Israel estacionados perto de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito - Gil Cohen Magen - 16.jun.24/Xinhua

O jornal Times of Israel noticiou que, segundo os militares, ao menos 550 combatentes da facção foram mortos desde o início da operação, sem contar aqueles que estavam escondidos em edifícios e túneis atingidos por bombardeios. Israel, por sua vez, contabiliza mortes de 22 de seus soldados.

Com os avanços, Tel Aviv teria passado a controlar entre 60% e 70% de Rafah, segundo a emissora qatari Al Jazeera.

De acordo com o mesmo veículo, as áreas atualmente sob domínio operacional dos israelenses incluiriam os bairros Brasil, no sudeste da cidade; Tel Al-Sultan, no noroeste; o campo de refugiados de Shaboura, no centro; e, por fim, o corredor Philadelphi, uma zona de segurança na fronteira com o Egito.

O Exército afirmou ter localizado centenas de foguetes nessa área, incluindo dezenas de projéteis de longo alcance que, de acordo com os militares, estariam mirando o território de Israel.

Também disse ter descoberto no local mais de 200 acessos a instalações subterrâneas. Pelo menos 25 túneis que passam ali chegariam até a fronteira com o Egito, possivelmente cruzando em direção ao monte Sinai, e seriam usados pelo Hamas para contrabandear armas, segundo os militares israelenses.

O suposto êxito militar em Rafah se dá no mesmo dia em que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, decidiu dissolver o gabinete de guerra, formado no início da guerra em Gaza por membros da coalizão governista e da oposição.

A conquista ocorre ainda um dia depois de as forças israelenses divulgarem que fariam pausas diárias, das 8h às 19h do horário local, nos combates em uma das principais estradas da Faixa de Gaza, de modo a facilitar o fluxo de entrada de ajuda humanitária no território.

A área de trégua iria de Kerem Shalom, um posto fronteiriço no sul de Israel, à estrada de Salah Al-Din, em Gaza, e de lá até o norte, segundo os militares.

A trégua, anunciada após o fim da cúpula do G7 neste domingo (16), parecia ser uma resposta à pressão da comunidade internacional pela melhora das condições de vida na faixa palestina, onde a fome e a sede são generalizadas e a maioria dos hospitais ou teve suas instalações destruídas, ou não opera devido à falta de eletricidade.

Estima-se que três quartos dos 2,4 milhões de habitantes da faixa tenham sido deslocados pelo conflito.

A agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA, principal responsável pela distribuição de ajuda humanitária no território, alegou nesta segunda, no entanto, que não houve nenhuma pausa nas agressões.

"Operacionalmente, nada mudou. Não vejo nada que possa corresponder à definição de pausa", disse o diretor da agência, Philippe Lazzarini, a jornalistas em Oslo nesta segunda, queixando-se de ter recebido uma série de mensagens contraditórias por parte do governo israelense.

Com Reuters

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