Descrição de chapéu Bangladesh Ásia

Tribunal em Bangladesh manda investigar Hasina por morte em protesto

Ex-primeira-ministra é acusada de ter responsabilidade em assassinato de comerciante durante repressão a atos

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Daca | Reuters

Um tribunal de Bangladesh pediu uma investigação contra Sheikh Hasina e seis membros de seu governo pelo assassinato de um homem durante os protestos que levaram à queda da ex-primeira-ministra.

A imagem mostra um grupo de pessoas em um protesto em frente a um grande mural. O mural retrata uma figura feminina, parcialmente coberta de tinta. As pessoas estão vestindo roupas coloridas, algumas com faixas vermelhas na cabeça, e estão levantando as mãos, algumas aplaudindo. O ambiente parece ser urbano, com uma estrutura de concreto acima do mural.
Manifestantes gritam slogans enquanto vandalizam com tinta e lama um mural da então primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, quando exigiam sua renúncia, em Daca; ela deixou o cargo dois dias depois - Mohammad Ponir Hossain - 3.ago.24/Reuters

O homem em questão era dono de uma mercearia. Segundo o advogado da acusação, Mamun Mia, ele foi morto pela polícia em 19 de julho, em meio à repressão às manifestações antigovernamentais —cerca de 450 pessoas morreram durante os atos, sendo que 91 delas em apenas um dia.

Mia apresentou a petição uma corte em Daca, a capital, nesta terça-feira (13). O tribunal, por sua vez, encaminhou um pedido de investigação a polícia. Além da ex-primeira-ministra, a ação busca responsabilizar o ex-ministro do Interior, o secretário-geral do partido de Hasina e quatro funcionários de alto escalão da polícia nomeados pelo governo pelo incidente.

Os protestos foram a princípio orquestrados por jovens, que representam quase um quinto de uma população de 170 milhões de pessoas do país. Eles protestavam contra a reserva de 30% dos empregos públicos para parentes daqueles que lutaram pela independência de Bangladesh, em 1971 —medida que, segundo os manifestantes, beneficiava grupos leais a Hasina.

Mas à medida que os atos se estenderam, eles logo se transformaram em uma mobilização mais ampla contra a primeira-ministra, que estava no poder há 15 anos.

Hasina renunciou no início de agosto, após perder o apoio da cúpula militar. Ela fugiu do país enquanto os manifestantes invadiam sua residência oficial em Daca.

Enquanto isso, o governo foi assumido interinamente pelo economista Muhammad Yunus, 84, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2006 por seu trabalho com a concessão de microcrédito para as classes menos abastadas.

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