Não bastasse ocupar a esquina mais icônica da cidade, devidamente estampada na capa do cardápio, o Bar Brahma faz parte da boemia paulistana há 76 anos. Fácil entender por que foi eleito, pela décima vez, o melhor bar da cidade segundo pesquisa Datafolha, com 6% das menções espontâneas.
O repertório de shows dedicados à música brasileira, que vai de Ivo Meirelles a Demônios da Garoa, embala o consumo de chope (R$ 13,90 o claro, R$ 14,90 o escuro), famoso pelo colarinho alto, com rigorosos três dedos de espessura, servido entre 0ºC e 3ºC. Da cozinha, saem clássicos de boteco, como o filé à Oswaldo Aranha (R$ 78) e o fettuccine com paillard (R$ 64).
O empate quádruplo, devido à margem de erro de quatro pontos para mais ou para menos, põe em evidência outros bares que já fazem parte da cultura paulistana —a pesquisa mostra que esse tipo de estabelecimento integra a rotina de oito em cada dez moradores da capital.
Um deles é o Astor, lembrado por 4% dos entrevistados com 18 anos ou mais e renda familiar a partir de cinco salários mínimos, que costumam ir a bares ao menos uma vez por semana. Fundado em 2001 pela Cia. Tradicional de Comércio, em uma Vila Madalena diferente e bem menos bombada do que hoje, o bar ganhou três filiais e um filhote, o SubAstor, dedicado à coquetelaria.
A alma do Astor, porém, é assumidamente de boteco. Bolinhos de arroz (R$ 45), croquetes de carne (R$ 46) e picadinho, com arroz, caldinho de feijão, banana, farofa, ovo e pastel (R$ 87), harmonizam com chope claro (R$ 14) e caipirinhas (R$ 35).
BAR ASTOR
R. Delfina, 163, Vila Madalena, região oeste, WhatsApp (11) 94364-3170, @barastor
BAR BRAHMA
Av. São João, 677, República, região central, tel. (11) 5043-3822, @barbrahma
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