Em um dos contos do livro "O Fio das Missangas", o escritor Mia Couto diz: "Cozinhar não é serviço. Cozinhar é um modo de amar os outros". Assim como a vovó Ndzima do texto, um terço (28%) dos paulistanos das classes AB que têm o hábito de cozinhar em casa declaram que amam cozinhar.
Esse é um dos resultados da pesquisa O Melhor de São Paulo – Cozinha, divulgada neste especial, que revela também as melhores marcas do setor de alimentação.
A percepção de que cozinhar é um ato de amor aproxima homens (30%) e mulheres (26%), mas não atravessa gerações. Enquanto 33% dos que têm 41 anos ou mais declararam o afeto pela cozinha, só 19% na faixa entre 16 e 25 anos têm a mesma opinião.
Cerca de 32% dos jovens cozinham pelo menos cinco dias da semana, índice que fica dez pontos abaixo da média. Além disso, 15% declaram cozinhar apenas em ocasiões especiais, contra 8% nas demais idades.
A parcela dos que disseram que não gostam de cozinhar chega a 5%. Outros 6% deram nota 2 em uma escala que varia de 1 a 5. Um terço (30%) ficou na média (3). A maioria (60%) deu nota 4 ou a nota máxima (5).
Independentemente do amor pela cozinha, 42% dos entrevistados têm esse hábito pelo menos cinco dias na semana, sendo que 31% cozinham todos os dias. Um terço (32%) o fazem pelo menos três ou quatro vezes e 26% apenas uma ou duas vezes na semana.
O perfil dos que cozinham diariamente é formado principalmente por mulheres (65%), por quem tem 41 anos ou mais (58%) e por casados (54%). A maioria cozinha apenas no dia a dia (63%), 10% em ocasiões especiais e 28% em ambas as situações. No segmento que cozinha em ocasiões especiais, destacam-se os homens e os mais jovens.
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