Petz e Cobasi são os melhores na categoria pet shop; redes acompanham mudanças no perfil da clientela paulistana
Ao visitar uma loja das redes Petz e Cobasi, não estranhe se você se deparar com um bom espaço dedicado a animais resgatados e à espera de uma família. É que, com uma sociedade mais consciente sobre a proteção animal, as empresas resolveram tomar para si uma importante bandeira: a da adoção.
"Há três anos, o incentivo a adotar animais é o tema do mês de aniversário da Cobasi. Nesse tempo, fizemos eventos e doamos 150 toneladas de ração para ONGs de todo o país", conta Ricardo Nassar, diretor da empresa. As lojas da rede promovem feirinhas em parceria com as entidades que resgatam e não vendem cães ou gatos.
Após 16 anos comercializando filhotes, a Petz resolveu, no começo deste ano, não vender mais. A denúncia de maus-tratos em um canil parceiro da empresa foi fundamental para a decisão. "A humanização do pet chegou ao nível de que as pessoas não querem mais ver um filhote vendido em uma vitrine. É como olhar uma criança", conta o presidente Sergio Zimerman. "A gente tinha 99% de garantia de que isso [maus-tratos] não aconteceria de novo. Mas 99% não é 100%", ressalta ele.
Tais escolhas mostram uma mudança definitiva de relação que os tutores travaram com seus animais de estimação. Eles não são mais apenas pets. São membros da família e devem ser tratados como tal.
Por terem sacado esse potente nicho de mercado, as marcas se destacaram. Citada por 18% dos paulistanos de classes A e B entrevistados pelo Datafolha, Petz —antiga Pet Center Marginal— expandiu sua operação para fora da capital e mudou de nome.
Com 17 anos de mercado, tem hoje 84 unidades em nove estados. "Nosso cliente é apaixonado pelo seu animal. Ele vai à loja para ver novidades, levar o bichinho para passear e comprar o que precisa. É relação de prazer e não de obrigação", explica Zimerman.
A Cobasi, com 34 anos de operação, conquistou 16% dos paulistanos envolvidos na pesquisa —com a margem de erro, estão tecnicamente empatadas. "Segmentamos nossos clientes pelo grau de relacionamento que têm com seu pet e não por classe social. Acreditamos que o consumo é mediado pelo grau de afeto", conta Ricardo Nassar.
Com 79 unidades em sete estados, a rede não mede esforços para crescer e abriu, em 2018, sua primeira unidade no Nordeste, no Recife. Em maio, vai inaugurar em Fortaleza e, em breve, seguirá para Salvador.
Ambas as marcas também são pioneiras quando o assunto é levar até o consumidor novidades e o que mais os donos de pets imaginam (ou nem imaginam) que exista no mercado: rações super premium, comedouros automáticos, tapetinhos gelados para refrescar no calor, suplementos alimentares, enzimas eliminadoras de odor, escadinhas para o cachorro subir na cama sem machucar a coluna. Tudo de olho no conforto e no bem-estar dos animais.
São novos costumes para novos tutores. Os peludinhos agradecem!
*
"Em março dobramos o número de adoções nas lojas de 400 para 800 animais. Queremos ultrapassar a marca de 10 mil adoções no ano"
Sérgio Zimerman, presidente da Petz
"Acreditamos que o consumo é mediado pelo grau de afeto que o tutor tem com o animal. Ele pode encarar o pet como filho, como amigo ou como animal de estimação"
Ricardo Nassar, sócio-diretor da Cobasi
*
Ranking das Campeãs
Petz
84 unidades no Brasil
28 em São Paulo capital
31 novas lojas previstas para 2019
Cobasi
79 unidades no Brasil
24 em São Paulo capital
25 novas lojas previstas para 2019