Descrição de chapéu Coronavírus

'Não se preocupe com curtidas de redes sociais': as mensagens de leitores ao eu de antes da pandemia

Folha convidou-os a escreverem para o eu de seis meses atrás

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Foram dezenas e dezenas de mensagens. A Folha pediu na última semana que os leitores escrevessem uma mensagem ao seu eu de antes da pandemia de coronavírus.

Afinal, já são mais de três meses do primeiro caso confirmado no Brasil, centenas de milhares de mortos pelo mundo e uma vida totalmente nova para boa parcela da humanidade.

Isolamento social, uso de máscaras, álcool em gel e lives, passaram a fazer parte de nossa rotina.

Os leitores deram muitos conselhos ao eu antigo. "Tire os olhos da tela e observe mais as pessoas", escreveu Carla Espino, 46, de São Paulo.

Penso positivo: quando tudo isso passar, seu novo eu poderá fazer uso de todos esses ensinamentos.

Confira relatos.

Às vezes a vida é tão chata. Não tem nada para fazer. Mas se você soubesse o que está por vir, acharia graça em tudo que é simples. Por exemplo, uma volta na rua e entrar em qualquer estabelecimento quiser. Daqui uns dias você não vai poder fazer nada, nem se quiser! (José Ricardo Simões, 40, de São José dos Campos, SP)

Caso eu pudesse voltar no tempo e me deparasse comigo mesmo antes desta pandemia, eu precisaria me dar alguns conselhos, principalmente relacionados à experiência da vida em si. Eu precisaria entender que o valor das coisas estão justamente na simplicidade.

Vendo-me no passado, eu me diria para valorizar mais meu ciclo social, ou seja, dar mais valor às relações familiares e de convívio social. Devemos viver o momento, pois nesta vida o que vale é o presente, aproveitando no modo de vida “carpe diem”. Lembro-me como meu eu era bastante preocupado com o futuro sem sequer valorizar as pessoais que lhe propiciavam o presente. Eu falaria que isso deveria ser mudado imediatamente.

Enfim, a mensagem é que devemos nos voltar para o presente e valorizar as coisas simples do nosso cotidiano. (Gabriel Morais Silva, 20, de São Paulo, SP)

Sorria e abrace seus pais enquanto estão aqui.
Beije suas filhas e netos. Não existe amanhã.
Prepare-se para um longo período de contemplação e silêncio.
Tudo será ressignificado na sua vida. Esteja presente, encontre sua paz interior e respire fundo.
Haverá sofrimento e tristeza no mundo, longe e perto de você. Esteja preparada para ampliar sua bondade. Medite. Leia. Ore. Envie sua energia amorosa ao mundo.
Ame e respeite seu próximo.
Sua vontade de viver será expandida e compartilhada com o universo.
Seja feliz hoje! (Fernanda Guarany Mendonça, 50, de Recife, PE)

Cuide da sua autoestima, mas não perca a humildade. Olhe para o mundo tendo em mente que você não é o centro dele, mas pode ajudar a melhorá-lo.

Nunca faça aos outros aquilo que não gostaria que lhe fizessem.

Cuide do meio ambiente, pois ele é a sua casa e será a casa dos seus filhos e netos. (Pedro Henrique Miranda Fonseca, 62, do Rio de Janeiro)

De Ana, para Ana

2020 não vai ser o melhor ano da sua vida. Mas não pira, não é porque você é a pessoa mais azarada do mundo ou a mais injustiçada, nada desse drama adolescente. Na verdade uma coisa muito estranha vai acontecer. Extraterrestres.

Ok, eu sei que você não acredita nessas coisas e vai ser difícil de te convencer, então vamos pro próximo tópico. Ataques racistas e grupos neonazistas. Nem te surpreendi, não é mesmo? Mas agora a razão de eu estar falando com você, na verdade com a eu de seis meses atrás. Uma pandemia vai acontecer. Um vírus vai se espalhar por todo o globo, o contágio é pelas vias respiratórias e durante um tempo devemos fazer quarentena para evitar o colapso do sistema de saúde. E tem mais...a Rihanna ainda não lançou uma música nova. Você deve ter tantas perguntas...mas devo avisar que ainda não temos muitas respostas.

Você infelizmente não consegue controlar sua ansiedade. A cada cinco minutos você tem um colapso. E eu não quero te assustar, longe disso, mas todo dia muitas pessoas estão morrendo. Então tenta se organizar e estabelecer nossas prioridades. Ajuda sua mãe autônoma desde já. Vá convencendo seus avós a ficarem em casa, porque eles estão no grupo de risco. E se programe pra ficar um bom tempo em casa. Eu sei que a gente sempre achou que o mundo fosse mudar, só não pensamos que poderia ser pra pior, né? Então...é basicamente isso.

Dá pra acreditar? Eu desconfiava que ia conseguir te convencer sobre os extraterrestres. (Ana Carolina do Couto Raimundo, 18, de São Paulo, SP)

Olha, você não vai acreditar, mas terá que ficar pelo menos uns três meses em casa devido a uma doença contagiosa que vai matar milhares ao redor do mundo. Então Carla, tire os olhos da tela e observe mais as pessoas. Faça mais passeios ao parque, caminhe na beira da praia e sinta as ondas batendo nos seus tornozelos e o cheiro de maresia. Não se apresse. Não tenha pressa. Ah, não perde o show do John Cale porque você não irá em outro tão cedo!” (Carla Espino, 46, de São Paulo, SP)

Certamente eu me diria para deixar de enrolar e ir logo fazer aquele curso para aprender a cozinhar.

Comecei a quarentena queimando a mão e nem podia tratar direito porque tinha que lavar as mãos com frequência, o que fazia com que a ferida não fechasse e ainda passava álcool gel nas mãos, o que me fazia lembrar das tantas vezes que eu ensaiei aprender a cozinhar.

E agora, na altura que estamos da quarentena, não aguento mais comer arroz, feijão e macarrão, que é o que consegui aprender a fazer sozinha.

Aff. (Lisandra Cristiane Gonçalves, 48 de São Paulo, SP)

As coisas que te fogem ao controle sempre foram as mais assustadoras, não é? Te restava pegar as rédeas da própria vida, então, dos próprios planos, sonhos e desejos. Isso nunca lhe escapou, salvo alguns imprevistos aqui e ali, quase sempre contornáveis e, quase sempre, até mesmo, interessantes. 2020, no entanto, virá impiedoso, em forma dessas lições que a gente aprende sem carinho, na marra, menos por encantamento e mais por horror, tipo tapa na cara.

Não existe "eu" e não existe "meu", tudo que há é um mundo só e uma humanidade só. Adivinha só? Nem seus planos são seus. Ninguém controla nada, nem a si mesmo. A natureza é muito maior do que as nossas trajetórias individuais. Se for possível pensar em qualquer coisa além das mortes que, aos milhares, os telejornais noticiarão todos os dias, tente prestar atenção no presente que é o presente.

Se o futuro não existe, é melhor que não deixemos escapar as vivências do agora, por mais que, por um tempo, elas sejam só cantos de passarinhos pela janela e risadas virtuais de amigos em tela que, distantes, em vídeo e ao vivo, não deixam desatar os laços postos à prova. Mesmo se tudo voltar ao normal, nada será como antes. De herança, receberemos a urgência do apoio à ciência, saúde e educação, porque teremos vivido a gota d'água. E talvez fosse mesmo necessário. No mais, desapegar do futuro se mostrará essencial. Ninguém sabe - e preste bastante atenção na força e no significado real dessa expressão batida - o dia de amanhã." (Maria Clara Lacerda Araújo, 25, de Belo Horizonte, MG)

Olhe a sua volta.
Se você soubesse o valor de cada banalidade cotidiana, não estaria reclamando.

Uma ida ao supermercado, a fila do pão, cada gole dessa cerveja gelada e do café quente, os melhores extremos da vida e talvez os únicos que funcionam.

Não se irrite com esses estranhos enchendo a cara e fazendo barulho.
Já imaginou o porre de um mundo sem festa?

Por que você quer tanto ficar sozinha?
Então fique, é seu direito. Mas cultive suas conexões e entregue-se à saudade.
Ela que dá sabor aos encontros

Suspire com as estrelas, mas aprecie também o dia nublado. Ele faz seu olho brilhar quando o céu está aberto.
Entre dias cinzas e azuis a vida acontece.
Você lembra a última vez que ela pulsou aí dentro?

Pare de tentar entender o mundo, ele pode ser pior do que você pensa. Então olhe para as pessoas que pintam o futuro com todas as cores. Se puder, dê uma mão.

Olhe para frente sim, só não se esqueça de respirar e viver um dia de cada vez.
Você só tem o hoje. Não o atropele com expectativas inúteis

Não subestime os perigos que te cercam.
Alguns são contagiantes, outros são eleitos democraticamente.

Tire os adjetivos do seu vocabulário. Inevitavelmente eles passam pelo filtro da sua opinião. E o mundo não precisa de opiniões, e sim de palavras ricas e plurais, palavras que abrem os olhos, tiram cabrestos e expandem horizontes.

Abrace todos os que te chamam de chata, porque um dia você pode descobrir que é insuportável e eles continuarão ao seu lado. (Paola Barbosa, 30, de Bacalar, no México)

Karina, valorize sua vida tal qual ela é! Aprecie seu respirar, sua liberdade e as coisas mais simples do seu dia a dia. Hoje, elas parecem tão óbvias e naturais, mas com um piscar de olhos, elas podem lhe faltar. Faça planos futuros, mas viva seu momento presente. Não esqueça que o controle de tudo não está nas suas mãos. Existe um fluxo da vida, uma lei do Universo que está acima de você! A vida é o que acontece e não as expectativas que criamos do que deve ou não acontecer!

Reflita todos os dias sobre sua "pequena e gigante" significância como parte desse mundo. O que é realmente importante para você? O que você pode (e deve) fazer para transformar o mundo do qual você faz parte? Qual a sua responsabilidade diante dos problemas sociais, econômicos, ambientais...? Você sonha com um mundo mais virtuoso, amoroso e igualitário. O que você tem feito para isso? Se o mundo fosse obrigado a parar por um tempo para rever suas ações enquanto HUMANIDADE... ao retornar, o que você faria de diferente? Não esqueça do conselho de Gandhi: "Seja você a mudança que quer ver no mundo". Aprecie sua vida tal qual ela é! (Karina Checchia Miquelini, 30, de São Paulo, SP)

Jéssica, eu sinto orgulho de você, sinto orgulho pelo o que você lutou, sinto orgulho por não ter se calado diante de torturas a idosos, sinto orgulho por ter vivido intensamente uma paixão mesmo diante tantos preconceitos, em relação a idade, sexualidade.

Você que se julgou fraca, viu que não se acovardou-se, caminhou ferida aberta cortada na navalha e mesmo sangrando foi estancando o sangue com as próprias mãos.

Se eu pudesse te dar um conselho, com certeza seria em relação ao uso abusivo de álcool e drogas. Mas estou feliz, por ver você em recuperação

Como cantava Belchior: "o passado é uma roupa que não nos serve mais" (Jessica Cristina Batista da Silva, 28, de São Paulo, SP)

Caro eu de fevereiro,

Saia mais! Vá à praia! Não fique em casa! Se não for para dormir, esqueça que tem um teto sob o qual você dorme. Se ficar com muita saudade de casa, pode ficar um pouquinho - mas reúna a galera! Faça aglomerações. Todo dia, o dia todo. Se preciso for, não hesite em dar um pulo no SAARA (ou, paulistas, na 25 de Março). Cumprimente todo mundo com dois beijinhos (até o português da padaria). Vá à praia. Corra no parque.

Se ainda houver algum bloquinho de ressaca do Carnaval, vá! Não pense duas vezes. Vá à praia. Sabe aquele barzinho que você está há 5 semanas com vontade de ir, mas adia todo dia? Vá hoje! Vá à praia. Faça trilhas, visite uma cachoeira. Ande de bicicleta, vá treinar todo dia (você vai ter 3 meses de repouso para se recuperar depois).

E, mais importante, nesse tempo todo em que estiver na rua, absorva o máximo de luz solar e aprecie o azul do céu. E vá à praia. Um forte abraço (apertado mesmo, porque ainda pode). (Francisco Rios, do Rio de Janeiro, RJ)

Oi Ives. Eu sei que parece uma referência clichê de De Volta para o Futuro, mas bem é assim mesmo. O ano de 2020 parece que é uma folha em branco para você nesse momento. Este ano mudará para sempre sua vida. Lembre de seu sonho do mundo ser um Grande Coletivo, pois é o que ele se tornará. A doença Covid-19 chegará ao Brasil.

Não se assuste. Morar no sul do país e seus pais estarem em Manaus vai te deixar ansioso, mas é preciso contornar isso com muita (pa) ciência. Não estou brincando. Acredite na ciência e naquilo que estão falando nos relatórios científicos. Por favor, acalme-se e respire. A chegada no Brasil ou a forma como ele se manifestará te dará uma noção de realidade tal qual Matrix. Vais ouvir tanta abobrinha vindo do Governo Federal. Aliás que palco hein. Teremos algumas reviravoltas, mas vou deixar você acompanhar. hahaha

O mundo está florescendo novamente. Teremos uma Primavera em pleno inverno. Ives despeça-se dos amigos ou deixe eles cientes de que os ama. Todo dia regue as plantas e converse com seus cachorros. Faça os melhores pratos para sua mulher. Escute-a mais, veja seus olhos e repito. Observe os olhares das pessoas. Até seu aniversário em março abrace muito os que te estimam. Perdoe aqueles que atravessaram seu caminho e te atravessaram a alma com pensamentos e ideias tortas.

Sabe Ives, o futuro é aquilo que você vive no presente. Estaremos distantes de quem amamos fisicamente e mais perto do que nunca. Você vai ver sua mãe por videochamada, ensine ela sobre como usar. Você entenderá aquilo que uma vez falou sobre comunicação digital. Observe os seus sonhos. Parecerão nuvens, mas lembre que nuvens são um estado da água e como água deixe fluir pelos caminhos.

Vou ter que citar Paulo Freire: "Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero". (Paulo Freire) e te relembrar os seus estudos na Doutrina Espírita que ensinam sobre a resiliência do tempo e o aprendizado a cada momento. Vais relembrar essa carta. Um dia vais olhar para o dia 4 de Junho e vais entender que tudo está se ressignificando ainda. Se quiser chorar, chore. Se quiser sorrir, sorria. A vida é feita de relações e de suas reações.

Um beijo e um abraço amigo eu. (Ives Montefusco)

Oi eu do passado? Tudo bem?

Bom, aqui no futuro as coisas estão uma bagunça! Os tempos mudaram, as pessoas não são mais as mesmas, as relações e nem mesmo o comércio e o consumismo tem a mesma forma!

Eu preciso dizer que, por mais que pareça que a tecnologia seja algo dominador por aí, você não acreditaria se visse a proporção que isso tomou por aqui. A atual guerra é contra seres invisíveis, microscópicos, e isso é o que causa a raiva, o pavor e as incertezas. Então, sobre a tecnologia, ela tem sido a boia salva-vidas em meio a esse naufrágio desordenado que tem sido a vida durante quarentena. Aulas e empregos só existem ainda graças a um passado também tão difícil quanto o atual. Então eu, agradeça desde já a Guerra Fria e ao transtorno ocasionado por ela que fez com que homens, mesmo que com outros objetivos, criassem a internet! O que seria de nós sem ela? Bom, nesse período, provavelmente desempregados, cegos e muito, muito egocêntricos. Então perceba, as vezes é por meio do caos que surgem as maiores mudanças.

A pandemia de Covid-19 tem um lado bom sim, no começo você vai pensar que eu estou delirando e que isso é o verdadeiro começo do fim do mundo, mas calma, você vai entender. Então, com tanto tempo disponível, as famílias têm ficado mais próximas, tudo bem, meio que obrigadas, mas esse sentimento egoísta presente em grande parte da população está sendo deixado de lado aos poucos. É interessante notar que a mente das pessoas e seus propósitos tem mudado. Imersos em tamanha incerteza, que é essa luta contra os vírus, fica mais claro o que realmente tem valor e o que precisamos mesmo, mudar e conquistar. Fica evidente o fato de que, graças a tecnologia, não é extremamente necessário enfrentar o trânsito infinito das grandes cidades, perder minutos preciosos em filas imensas e consequentemente ver a vida passar sem ter, sequer, vivido! Porque, eu imagino que seja realmente triste notar que, as coisas passaram, as pessoas se foram, e o que mais se deu importância acabou sendo o que mais afastou, gerou intolerância e desrespeitos inúteis!

Finalmente, fica para você, eu, uma lição aqui do futuro: o “novo normal” não é tão ruim assim, apesar do desconforto das máscaras e a meleca que faz o álcool gel, é muito mais gratificante ter a certeza de que protegendo a sua vida você está simultaneamente protegendo a vida de um outro alguém, que inconveniente. (Lívia Pinese, 19, de Araçatuba, SP)

Viva... Viva sem medo do tempo passar, pois ele passará de qualquer jeito. Se preocupe menos com os prazos e apenas realize.

Olhe mais vezes para o céu, o mar, as árvores, os animais, as pessoas ao seu redor. Apenas olhe.

Passe mais tempo com a sua filha, ela é o seu melhor projeto, pois é um projeto de amor.
Ame tudo, em breve você entenderá a verdade sobre a vida, que devemos amar desde as coisas mais simples, até mesmo ingênuas.

Quando você perceber que seu dia foi repleto de sorrisos e distrações, junto aos amigos e familiares, tenha a certeza que você está vivendo.

Então, apenas viva cada dia, mas viva com todo o seu amor. (Eriberto Gama Netto, 38, de João Pessoa, PB).

Quando criança, era interessantíssimo a ideia de participar de grandes eventos históricos e sobreviver a eles. Entretanto, sentir na pele os dias sombrios de uma pandemia com tamanha proporção faz com que revisemos esse pensamento. Todas essas questões assolam ainda mais os corações aflitos pela incerteza do futuro. Eu diria a mim mesma para que se mantenha forte e corajosa, dias melhores e mais plenos estarão por vir, e a humanidade se repaginará em meio a tantos dissabores e revoluções. Principalmente, o aprendizado de viver conscientemente qual meu papel no mundo e a esperança de dias melhores serão grandes recompensas para todos nós. (Ana Carolina Gomes, 18, Guarulhos, SP)

Querida eu,

Quem fala é você, mas do futuro. Graças a todos os filmes genéricos de ficção que você assistiu, consegui essa forma de me comunicar. E, como nos clichês, leia com atenção, pois essa carta se autodestruirá.

Devo estar atrapalhando alguma importante reunião ou social sua, afinal, você é sempre muito ocupada, mas tenho um pedido a fazer: PARE tudo imediatamente.

Eu sei, impossível para você, porém, vou te contar uma coisa muito importante. Sabe em “Eu sou a lenda”, com o Will Smith, em que o vírus mata os infectados e o restante vira vampiro?
Ou “Guerra Mundial Z”, com o Brad Pitt, em que uma doença misteriosa transforma todos no mundo em zumbis e ele precisa se esconder com a família até acharem uma vacina? Então, o caminho é mais ou menos por aí. Mas já adianto que, não, ainda não achamos a cura.

Inacreditável, não é? Não tenho tempo para detalhes, até mesmo para não alterar mais ainda o espaço-tempo, mas digo que estamos aqui todos bem assustados. Como ainda não há remédio, o que podemos fazer é nos isolar e não sair nas ruas. E é aí que você entra.

Estou há três meses sem sair de casa, tentando criar momentos de paz em plena angústia e vendo séries sem a mínima vontade - tive que suspender nossos querido filmes por motivos óbvios. Para me ajudar, peço que desacelere seu ritmo e se recolha. Insano, eu sei, afinal de contas, o pessoal aqui está louco para sair e arrependido por não ter aproveitado mais antes.

Porém, preciso que você dê o seu melhor para tornar essa transição o mais suave possível para mim, afinal, eu não faço ideia de quando tudo voltará ao normal por aqui! Além disso, quero muito que aproveite os momentos de paz sem essa toda essa agonia acontecendo no planeta.

Se está ruim para você agora, acredite: vai ficar pior. Mas você está dando seu melhor para proteger a si e aos outros.

Conto com você para salvar o nosso dia.

Com amor e medo,
Sua eu do futuro. (Anelise Gonçalves, 21, do Rio de Janeiro, RJ)

Faça épico.

Bom, primeiramente, eu do passado, sei que você já pensou em como deve ser ter que ficar longe das pessoas que você ama, afinal, um dos seus livros preferidos é “A cinco passos de você”, não é mesmo? No livro, Stella e Will precisam ficar afastados por possuírem a mesma doença, o que os torna um risco um para o outro, e na situação atual em que estamos, é preciso ficar longe de todos, ficando em casa sempre que possível. Ou seja: suas suspeitas estavam certas, ter que ficar longe daqueles que você ama, longe da família e amigos, é péssimo.

Então, eu do passado, aproveite o tempo restante que você tem com essas pessoas tão queridas para você! Vá à casa de seus avós, e coma aquela comida deliciosa que só sua ‘batian’ consegue fazer... saia para passear com seus amigos, e não ouse recusar os ‘rolês’ quando te chamarem, sério! Um dos seus maiores arrependimentos que você vai ter, se fizer isso, é ter perdido momentos incríveis e preciosos com seus amigos por vontade de ficar em casa… Lucas, você vai ficar só em casa, sem sair, por quase três meses! Aproveite a vida fora dela, cara!

Além disso, eu do passado, sei que apesar de você gostar muito de pessoas e da proximidade, também aprecia muito o seu tempo consigo mesmo, e ama andar por aí enquanto pensa em como organizar a vida. Então faça isso, se possível, todos os dias! Saia para uma caminhada, desligue-se do mundo, e aproveite sua própria companhia enquanto pensa e sente o vento passando por você e pelo rosto inteiro… Acredite, essa sensação é totalmente diferente quando você está usando máscara, e nem de longe é tão bom quanto era sem ela.

Olha, Lucas, o que eu estou tentando dizer aqui é: viva sua vida intensamente, sem ficar pensando demais no futuro ou remoendo demais o passado. O que esses últimos meses mostraram para todos nós, é que só temos o hoje, afinal, o amanhã é sempre incerto. Portanto, aproveite cada dia da sua vida como se fosse o último, e para isso, lembre-se do que Kate sempre diz no livro “Raio de Sol”: ‘faça épico’. Ou seja, torne épico cada dia que você viver, aproveitando todos os momentos com aqueles que ama, e vivendo eles com intensidade e gosto. Isso porque, eu do futuro, durante a pandemia, serão essas boas memórias que vão ajudar você a se manter são, ansiando por um futuro melhor. (Lucas Guilherme Toshio Takeuti Wada, 17, de Maringá, PR)

Tudo o que você está vivendo agora, não será igual daqui 6 meses. Te fará falta a correria do dia a dia, as pessoas com a qual convive, inclusive até aquelas que mais te irritam. Tudo o que você reclama irá querer de volta.

Esse medo de perder ou de ficar distante das pessoas que ama vai acontecer, mas se descobrirá tão forte que por amor se manterá longe. Por isso, aproveite tudo o que pode junto delas, pois ficará muito tempo longe. Você irá se preocupar com a vida de gente que nem conhece.

Mas vai descobrir o lado sombrio e egoísta de muitas pessoas, vai te assustar, mas irá começar a te transformar em alguém que vai querer lutar por um lugar melhor.
Então, curta todos estes momentos, eles não voltarão e nada mais será como antes. (Carla Vitor)

Bom, eu diria para o meu eu antes da pandemia, primeiramente, para valorizar mais a escola, meus amigos e minha família. Eu nunca imaginaria a tamanha falta que eles fazem e a grandeza da dificuldade que é ficar sem poder sair de casa, mesmo com acesso a livros e internet, afinal, nunca imaginaria isso, não? Além de valorizar o ambiente escolar, as salas de aulas, monitorias, as pequenas coisas que só são perceptíveis quando não são mais realidade.

Outra coisa que eu diria para meu eu de antes de março é sempre fazer uma boa reserva financeira, mesmo que eu não possua renda fixa, pois ninguém sabe o dia de amanhã. Eu, algumas vezes ,ouvia a importância de contratos e de termos jurídicos para "caso houver alguma emergência" e, dentre eles, já ouvi o termo "uma possível grande epidemia" e sempre levei como utópico, apenas como uma mera "garantia" necessária do mundo burocrático, até chegar a pandemia do coronavírus.

Por fim, eu diria para meu eu do passado aproveitar pra participar das diversas manifestações públicas e movimentos sociais logo no início de algumas atitudes que ferem meus direitos por parte do governo, já que sempre pode piorar e não sabemos se, quando tiver realmente inadmissível, conseguiremos ir às ruas para garantir nossos direitos. (Diogo Pavanelli Verissimo, 17, de Maringá, PR)

Se eu pudesse voltar no passado, daria o seguinte conselho para minha “eu” de 6 meses atrás: “solte o controle”. Me considero uma pessoa ansiosa, sempre pensando nas milhares de possibilidades que o “próximo capítulo” reserva. Mas, se tem algo que essa pandemia ensinou, não só a mim, mas certamente a todos, é que não temos ideia do que nos aguarda.

Como estudante do ensino médio, encarei, nessa quarentena, incertezas a respeito de quando e se as aulas presenciais retornariam ainda em 2020. Alguns falaram até em cancelar o ano letivo! Lidei com a ansiedade de ver vestibulares por todo o Brasil serem suspensos e cancelados. E bom, estudar é o meu trabalho, tais perspectivas me deixaram sem chão, me vi completamente sem poder de decisão e controle.

Embora comércios estejam reabrindo e a vida voltando a ganhar tom de normalidade, ainda é um “normal” meio estranho, até então desconhecido por nós. São as máscaras, o distanciamento em restaurantes e lanchonetes, a preocupação constante com limpeza. A doença, que todos os dias faz milhares de vítimas, ainda não tem uma vacina e acredito que até termos a “fórmula mágica”, a vida não será assim tão normal. Me atormenta pensar em quanto pode demorar até isso acontecer e como a existência será enquanto isso.

Entretanto, por agora, sem respostas e/ou controle da situação que assombra o globo, pensando em como a vida era e será, cantarolo: “devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer”, contando que o acaso nos protegerá do que não temos como prever. Mal sabiam os Titãs que “Epitáfio”, anos depois de seu lançamento, seria a melhor definição de um sentimento de toda a humanidade! (Ana Beatriz Seyr Marrafon, 16, de Maringá, PR)

Eu diria ao meu próprio eu que a princípio a vida é muito curta, brevíssima... todavia, diria que isso não pode me servir como uma desculpa para não me importar com a política, com a natureza, com a cultura, com a história, com a ciência.

Continuaria dizendo a mim mesma, que apesar da vida ser passageira, alguns momentos ficam eternizados na alma e é exatamente por isso que não devo viver de qualquer jeito, devo aproveitar ao máximo os abraços, os beijos, as conversas despretensiosas, as risadas, as histórias que os mais experientes contam...

Pois, são esses momentos, breves momentos, que vão me impulsionar a viver, a não desistir quando tudo for terror. Tudo vai passar, tudo sempre passa, mas esses momentos, pequenos momentos, despercebidos pelo mundo líquido vão ficar, mais do que isso, são esses momentos que vão me formar.

Seguiria aconselhando ao meu eu que não se importe tanto com as curtidas no Instagram, com os posts no Twitter ou Facebook, ao contrário que eu me preocupe mais com a qualidade dos livros que irei ler, com a qualidade das músicas que irei escutar, com os filmes que irei assistir, porque quando as trevas chegarem... Ah quando as trevas chegarem são as leituras que eu li, são as músicas que eu escutei e os filmes que eu assisti que me salvarão e me ajudarão a viver nesses períodos sombrios com dignidade e paz no coração, afinal a arte não é o que temos de mais humano?

Com efeito, diria a mim mesma que a vida é bela, belíssima, mas só para quem tem a ousadia de vivê-la intensamente, pois como escutei de um médico uma vez: "ao vencedor a vida". (Amanda Gabriela Cruz de Oliveira, 21, São Paulo, SP)

Pegue o metrô às 18 horas, bata um longo papo com a pessoa ao seu lado. Chegue à casa e só tome um banho depois de se alimentar. As roupas sujas espalhadas? Amanhã você pensa nisso. Experimente a sensação de ter um sono relaxante após um dia tão "caótico". (Thamy L. R. Corrêa, 34, de York, Reino Unido)

Venda seu carro e moto. Pegue o dinheiro e compre tudo de máscara PFF2. Obs.: As máscaras aumentaram 300% o seus valor após a pandemia. (André Cardoso Nogueira, 39, de Salvador, BA)

Será que aquela garota do passado que vivia deixando tudo para depois imaginava que o depois seria em uma pandemia de um vírus com rápida proliferação sem vacina nem remédio? Se eu pudesse voltar no tempo, diria para meu eu do passado aproveitar melhor as oportunidades da vida, valorizá-las e procrastinar bem menos para conseguir obter o máximo de produtividade em um tempo onde ainda existia rotina e previsões.

Em relação aos estudos, muitos conteúdos deixei para trás no ano passado por só serem relevantes neste ano e hoje em dia não estou podendo vê-los com a mesma qualidade que um dia pude, por isso daria esse conselho pra antiga eu a fim de que ela pudesse valorizar o ensejo que o colégio oferecia de ver todos os conteúdos com calma e absorver bem para estar bem mais preparada pra tudo que ocorre atualmente.

Essa pandemia me fez valorizar a vida e os privilégios que tenho, com a responsabilidade que hoje tenho indicaria á versão anterior de mim viver sempre o presente intensamente, da mesma maneira que diz Mário Sérgio Cortella “Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!”. (Júlia Siqueira do Amaral, 17, de Maringá, PR)

Passaram-se três meses e com eles se foram as festas, as aglomerações e o calor humano que tínhamos antes do início da pandemia. Porém, eu como jovem percebi que durante esses meses de isolamento social não foram só perdidos momentos, mas também foram criados muitos outros que mudaram minha forma de pensar e me trouxeram lições valiosas.

Desde o início da pandemia até os dias de hoje venho pensando nos momentos que eu poderia poderia ter aproveitado mais meus avós, meus amigos e principalmente minha família, a qual está me dando um grande apoio nesse momento que estamos passando. Não tinha notado o quão bom é conversar com meus avós todos os domingos sobre suas experiências ou mesmo rir com meus amigos sobre tudo, mas principalmente não tinha notado a importância da minha família em minha vida.

Como não estou indo para a escola, fico todos os dias em casa e só tenho contato pessoal com minha família,assim, com o decorrer dos dias percebi que eles são mais importantes pra mim do que eu imaginava. Desse modo, eu como jovem que ficava várias horas no celular socializando com as pessoas virtualmente, esquecia de conversar com meu irmão,uma pessoa real que está sempre ao meu lado

Dessa maneira, se eu pudesse voltar no tempo e dar um conselho ao eu do passado, antes da pandemia, eu diria para deixar o celular e as redes sociais de lado e aproveitar os momentos e as pessoas reais, que estão sempre ao seu lado, pois uma vez que as perdemos só restará as lembranças dos momentos passados juntos. Então curta, crie memórias e dê valor às pessoas reais que estão ao seu redor, porque assim como já dizia a música Trem Bala, da cantora Ana Vilela “não é sobre correr contra o tempo e ter sempre mais, porque quando menos se espera a vida já ficou para trás”. (Luisa Tartari Rolli, Maringá, Paraná)

Acredito que se não todas, a grande maioria das pessoas já imaginaram o que mudariam no passado caso pudessem. Isso me faz refletir sobre o atual momento, afinal se eu voltasse no tempo antes dessa pandemia me daria dois conselhos: respire fundo e abrace as pessoas.

O primeiro é uma das melhores sensações que eu posso ter. Sentir o ar e pensar na respiração. Porém, por razão da quarentena isso não é possível. Uma vez que ao sair de casa tenho que estar de máscara.

Além disso, o outro conselho seria, não perder a oportunidade de abraçar as pessoas. Embora sempre abrace, sei que poderia ter prolongado ou apertado mais. Pois já dizia a música do Jota Quest “O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”. Agora o isolamento social se tornou sinônimo desse afeto.

Por fim é sempre importante salientar que tudo pode ser visto como um aprendizado, não posso mudar o passado. Entretanto, ainda posso evoluir meu futuro. (Ana Carolina Arenso Barbosa, 16, de Maringá, PR)

Há mais de dois meses que uma enorme pandemia tomou conta do mundo. Só isso para nos fazer valorizar e observar como era boa nossa vida. Se eu pudesse voltar no tempo, só um pouquinho, daria dois conselhos ao meu eu. Em primeiro lugar diria “Agradeça, todos os dias, por tudo o que você tem na vida ”, porque percebi a falta que faz uma rotina normal. Que saudade dos dias turbulentos e cheios de compromissos, os quais nem me esforcei para perceber quão bons que eram. Que falta faz o colégio, os professores e os amigos, E agora, só o tédio de ficar em casa sem compromissos restou. Além do mais, foi diante de um período como esse que aprendi que tudo o que tenho é suficiente em minha vida. Chega de reclamar! Vi que tem muito mais pessoas precisando realmente de algo. Como queria ter feito isso antes, sem precisar de um momento assim, em que escancara as disparidades da sociedade.

Em segundo lugar, me aconselharia “ Lembre-se de quão efêmera você é. Viva plenamente, viva intensamente, viva o presente”. Os dias passam tão rápido e a vida corre, e muitas vezes nem me dava conta de como tudo voava sem eu ter tirado proveito dos dias, seja com os amigos, família, esportes e estudos. Também falaria “Não procrastine, pode ser que, você, não tenha tempo de fazer amanhã tudo o que deixar". Ninguém sabe se o mundo irá parar de um dia para o outro. Por isso, se eu pudesse me lembrar da efemeridade da vida conseguiria aproveitar mais cada momento e não sentiria tanta falta agora. (Ana Paula Zara Couto, 17 anos de Maringá, PR)

Todo EU para que exista precisa ser validado pelo olhar do outro. E se não existir essa possibilidade deve-se voltar para dentro para se reinventar. Todas as ferramentas das quais está acostumado a sobreviver podem ser retiradas a qualquer momento. Viver um dia de cada vez sempre foi a melhor opção. Tenha um sentido e um porquê para estar vivo! Se estiver aberto a mudanças sobreviverá. E jamais protele nada. (Maria Ofelia Fatuch, 46, de Curitiba, PR)

Eu estava meio sem rumo, fazia meses que eu me estava em uma situação em que eu não encontrava saída. Além do fato de eu querer um tempo para mim, mas eu dificilmente tinha por conta da minha vida corrida.

Esse ano (2020) era para ser o ano da minha vida, meu 3 ano do ensino médio, o ano em que eu ia aproveitar bem minha escola e meus amigos. Então dá para imaginar que quando tudo isso começou e eu tive que ficar em casa foi simplesmente desesperador, eu pensei “e agora?”.

Voltando a história da minha situação “difícil”, eu sinceramente não pensei que fosse superar ficando em casa, pensei que eu fosse sofrer com a ansiedade, depressão, enfim, coisas que a minha rotina nem me deixava parar para pensar, então eu de certa forma estava fugindo desse problema. Eu surtei nos 2 primeiros meses, chorei muito e quebrei a cara também, mas depois eu fiquei em cuidar de mim, cuidar do meu psicológico e tirar aquele tempo que eu não tinha antes para cuidar de mim! Nessa quarentena, eu me conheci melhor.

Confesso que em alguns momentos dessa quarentena eu surtei por não compreender tantas coisas que andam acontecendo. Eu estou feliz por estarmos progredindo em alguns aspectos, mesmo que regredindo em outros, a vida é uma balança. Mas todos estamos aqui para aprender então não podemos desistir uns dos outros. (Yasmin Oliveira, 18, de Manaus, AM)

Janaína, não economize energia, alegria, abraços. Envie uma mensagem agora mesmo pros seus amigos e diga que precisa vê-los com urgência, encha-os de beijos e abraços sem maior explicação. Conte a eles porque os ama, lembre-os com a mão em um de seus ombros e a outra em seu rosto, de quando se conheceram, diga algo que nunca tenha contado antes. Faça-os rir e os abrace forte. Forte e apertado.

Pegue as crianças e vá na pracinha e no parque.

Não tenha pressa de voltar para casa, não interrompa as brincadeiras porque já é hora de ir lanchar. Fique até tarde com elas na rua. Não reclame de correr atrás da pequenina feito boba em meio às outras crianças do parque. Olhe ao redor, assista ao pôr do sol sentindo esse vento no rosto, feche os olhos e depois abra, sinta a presença das pessoas ao redor. Depois desse dia agitado, volte para casa, tome um banho revigorante, escolha uma roupa confortável. Pegue seu marido pela mão e vá jantar naquele restaurante com vista que vocês adoram. Corre, você não tem muito tempo, aproveite cada segundo feliz, você tem energia para isso. Depois do restaurante lembre-se daquele show de rock (por isso a roupa confortável menina! Para que tantas perguntas? apenas faça o que eu digo.) Durante o show fique na pista. Pule perto das pessoas. Sacuda a cabeça, cante alto. Acredite amanhã, amanhã mesmo você vai entender pq o dia de hoje será tão importante. (Janaína Aguillera, 41, de Brasília, DF)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.