Descumprindo uma promessa de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu pela criação de mais um ministério. Na verdade, uma recriação: a pasta das Comunicações, desmembrada da de Ciência e Tecnologia. Com isso, o governo chega agora a 23 ministérios, longe dos 15 que projetava quando assumiu o posto.
Uma outra promessa também foi quebrada por Bolsonaro: não fazer indicações políticas. O ocupante do novo posto é Fábio Faria (PSD-RN), genro de Silvio Santos, apresentador e dono do SBT, e do mesmo partido de Gilberto Kassab, ex-ministro do governo de Michel Temer (MDB).
Para parlamentares e aliados do presidente, o gesto do presidente serve para reorganizar sua política de comunicação, diminuir a influência de militares na área e acenar para setores do Congresso, em um momento em que aumentam as críticas e a rejeição da população ao governo --assim como crescem as sombras de um processo de impeachment e de investigações na Justiça.
Pra entender esse momento em que o presidente estende a mão ao centrão e partidos fora dele o Café da Manhã conversou com o repórter da Folha Igor Gielow.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é conduzido pelos jornalistas Rodrigo Vizeu e Magê Flores, com produção de Renan Sukevicius. A edição de som é de Thomé Granemann.
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