Na sexta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que Facebook e Twitter bloqueassem 16 contas de influenciadores, empresários e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Foram suspensos os perfis de figuras como a líder de um grupo armado de extrema direita Sara Giromini, o blogueiro Allan dos Santos, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e os empresários Luciano Hang, da Havan, e Edgar Corona, da rede de academias Smart Fit. Todos são investigados no inquérito das fake news, que corre no STF e é um dos principais pontos de tensão entre o Palácio do Planalto e a Corte.
Moraes justificou o bloqueio como algo a fim de promover "a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiu à decisão do ministro Alexandre de Moraes acionando a Advocacia-Geral da União, que protocolou uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) pedindo a suspensão das medidas.
Em nota, o Twitter disse que "agiu em cumprimento a uma ordem vinda do STF" e o Facebook afirmou que "respeita o Judiciário e cumpre ordens legais válidas".
Nesta terça (28), o Café da Manhã discute o impacto da decisão do STF e trata do contexto de debates sobre regulamentação do funcionamento das mídias sociais. O entrevistado é o colunista da Folha Pablo Ortellado, professor do curso de gestão de políticas públicas da USP e coordenador do Monitor do Debate Político no Meio Digital.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Maurício Meireles, com produção de Jéssica Maes e Renan Sukevicius e edição de som de Thomé Granemann.
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