O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aprovou na terça-feira (18) a urgência do projeto que criminaliza institutos de pesquisa. A medida acelera a tramitação do texto, que agora pode ser votado no plenário sem passar por comissões ou ser obstruído pela oposição.
A proposta tenta punir responsáveis por pesquisas com números divergentes do resultado das urnas acima da margem de erro declarada. O texto prevê multa e pena de prisão de até dez anos para representantes legais de institutos. O projeto ainda não foi ao plenário por falta de consenso sobre o conteúdo dele entre as lideranças partidárias.
O avanço da proposta é mais uma tentativa da base bolsonarista de manter pressão sobre os institutos. Os governistas tentam desacreditar as pesquisas e dizem que elas precisam acertar o resultado das urnas, mas isso contraria o próprio objetivo desses levantamentos.
As pesquisas buscam retratar a preferência dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas –até o dia da votação, muitas variáveis podem fazer eles mudarem de ideia.
No episódio desta quinta-feira (20), o Café da Manhã ouve Ranier Bragon, repórter da Folha em Brasília. Ele explica o conteúdo do projeto na Câmara, analisa os objetivos da base de Bolsonaro ao avançar com a proposta e discute os impactos de uma eventual aprovação do texto.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Maurício Meireles e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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