O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso e foi uma das primeiras autoridades do país a reconhecer a vitória de Lula (PT) na corrida presidencial. Em seu discurso, ele fez um aceno ao petista, dizendo que é hora de estender a mão a adversários.
Integrantes do centrão, grupo de partidos do qual Lira é líder, têm sinalizado interesse em fazer parte da base do presidente eleito. Se os acenos resultarem em acordo, o PT pode expandir sua coalizão para além do grupo de 120 deputados de esquerda –o que ajudaria a aprovar propostas mais ambiciosas do futuro governo.
Em nome de uma costura com o Congresso, os petistas já têm cogitado abrir mão do desejo de acabar com as emendas de relator, chamadas também de orçamento secreto. Mas, para acordos sobre esse e outros temas, vai ser decisiva a posição do partido na disputa pelas presidências da Câmara e do Senado –Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) querem se reeleger no ano que vem.
No episódio desta sexta-feira (4), o Café da Manhã conversa com o repórter da Folha em Brasília Ranier Bragon. Ele discute o que Lula pode fazer para compor uma base parlamentar, analisa os acenos do centrão ao presidente eleito e debate que acordo poderia ser costurado entre o novo governo e esses partidos.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Maurício Meireles e Magê Flores, com produção de Jéssica Maes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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