Foi às vésperas do Carnaval que a cantora Pabllo Vittar lançou seu novo álbum, "Noitada". Em sequência, as músicas contam a história de uma noite de festa. Repletas de expressões de duplo sentido e sensualidade, marcas da carreira de Pabllo, refletem um novo momento pessoal e profissional.

Ao podcast Café da Manhã a artista diz que se sentir livre para ser explícita nas letras foi resultado de terapia. "Eu me descobri. Tenho a noção que não sou Pabllo Vittar 24 horas, mas não posso fingir algo que não sou. Essa é a nova Pabllo, mais confiante", afirma. "Você pode falar o que quiser de mim, mas nunca vai poder me chamar de feia."

Na conversa ela lembra ainda do impacto que seu posicionamento político teve em 2022. A cantora defendeu a eleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e um ato em apoio a ele no Lollapalooza terminou na Justiça —o PL de Jair Bolsonaro depois retirou a ação que resultou em uma tentativa de veto a novas manifestações do tipo no festival.

"É muito bom fazer sucesso, é muito bom ganhar dinheiro fazendo o que a gente gosta, mas quando os nossos fãs estão morrendo de fome, aí não tem graça nenhuma. Por isso nunca me calei diante de nenhum xingamento", diz Pabllo. "Nunca tive medo desse fanatismo doido, mas minha equipe agora redobrou a segurança."

No episódio desta sexta-feira (17) do Café, a artista também falou da falta que sente de se apresentar no Carnaval —neste ano, ela volta a sair com o Bloco da Pabllo nas festas de Salvador, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro— e das inspirações para "Noitada".

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores, Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Raphael Concli.