O Ministério da Fazenda anunciou nesta segunda-feira (27) a volta da tributação dos combustíveis a partir de quarta (1º). O governo ainda vai detalhar qual será o percentual de reajuste, mas já adiantou que combustíveis fósseis, como a gasolina, terão alíquota maior. A taxação será menor para os biocombustíveis, como o etanol.
O objetivo é retomar arrecadação, com receita de quase R$ 29 bilhões neste ano, meta que havia sido anunciada pelo ministro Fernando Haddad.
A desoneração dos combustíveis tinha sido adotada no governo de Jair Bolsonaro (PL), em meio às eleições do ano passado, e mantida nos dois primeiros meses da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O debate sobre a volta da taxação provocou um cabo de guerra no governo e entre setores do PT. Integrantes da equipe de Haddad já tinham defendido o fim da desoneração citando o impacto fiscal da medida. Do outro lado, nomes importantes do partido, como a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, queriam a manutenção dos preços mais baixos.
O Café da Manhã desta terça-feira (28) explica o que está em jogo na decisão sobre os tributos dos combustíveis. As repórteres Idiana Tomazelli e Julia Chaib, de Brasília, discutem como a disputa interna sobre a desoneração impacta o governo.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Carolina Moraes e edição de som de Thomé Granemann.
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