O fim da política de paridade de preço com o mercado internacional de combustíveis, anunciado pela Petrobras nesta terça-feira (16), deve levar a uma redução do preço nas bombas, mas analistas ouvidos pela Folha alertam para o risco de que o setor fique sem parâmetros e para possíveis impactos na produção de etanol.
A decisão da estatal cumpre uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Críticos da política de paridade, como o petista, diziam que ela penalizava o consumidor por cobrar custos de importação sobre produtos feitos no país e por repassar a volatilidade, às vezes artificial, do mercado internacional.
O PPI foi implantado por Michel Temer (MDB) como forma de blindar a Petrobras de ingerências políticas e reverter prejuízos causados por um represamento de preços na gestão Dilma Rousseff (PT). Nesta terça, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que o fim da medida não representa uma interferência do governo Lula. Segundo ele, a Petrobras vai continuar a acompanhar as cotações internacionais do petróleo.
A nova política de preços ainda não foi de todo esclarecida, mas já como reflexo da mudança a Petrobras baixou nesta terça os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias —o repasse ao consumidor ainda vai depender das distribuidoras e dos postos.
No Café da Manhã desta quarta (17), o repórter da Folha Nicola Pamplona faz um balanço da política de paridade internacional, analisa o impacto da mudança na Petrobras e explica como isso chega às bombas de combustível.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Magê Flores e Gabriela Mayer, com produção de Laila Mouallem e Priscila Camazano. A edição de som é de Thomé Granemann.
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