Cidades na fronteira do México com os Estados Unidos se preparam para o crescimento do número de migrantes que tentam fazer a travessia de forma irregular. A expectativa tem a ver com o fim de uma medida de controle da fronteira, conhecida como Título 42, que deixou de valer na última sexta-feira (12).

A norma, implantada na gestão de Donald Trump sob o pretexto de barrar a circulação do coronavírus, autorizava a expulsão de imigrantes antes de um pedido formal de asilo —foram 2,8 milhões de expulsões desde março de 2020. O presidente Joe Biden admitiu que a situação deve ficar "caótica por um tempo" com o fim da medida.

Problema antigo dos EUA, a crise migratória ganhou destaque sob Trump; o republicano fez do muro na fronteira uma de suas bandeiras. Biden foi eleito com um discurso de mais acolhimento, mas viu explodir o fluxo de pessoas tentando entrar no país: o ano passado registrou o recorde de mais de 2,5 milhões de flagrantes.

Opositores culpam o democrata pela crise, e a Casa Branca prevê apertar o cerco a migrantes irregulares. Enquanto impacta a popularidade de Biden —que quer tentar a reeleição em 2024—, o quadro eleva a pressão humanitária na fronteira.

No Café da Manhã desta segunda (15), o correspondente da Folha nos EUA, Thiago Amâncio, enviado à fronteira com o México, conta como está a situação no local. O episódio explica o que muda na prática com o fim do Título 42 e discute como a crise migratória é vista pelos americanos e interfere na política no país.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Priscila Camazano. A edição de som é de Thomé Granemann.