Podcast: o que tensão entre Lula e Lira indica sobre presidencialismo de coalizão

Queda de braço entre Planalto e Congresso mostra poder do presidente da Câmara e põe em perspectiva mecanismos de negociação

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São Paulo

A votação da medida provisória que organiza a Esplanada dos Ministérios e o cabo de guerra entre Congresso e Planalto na semana passada, além de mostrarem mais uma vez a força política do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocaram em perspectiva o modelo que ficou conhecido como presidencialismo de coalizão.

O sistema, no qual um presidente eleito sem maioria no Parlamento precisa negociar com cargos e verbas para formar uma aliança que garanta governabilidade, se consolidou com Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e nos dois primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde o governo Dilma Rousseff (PT), porém, quando o poder do Congresso cresceu diante de um Executivo enfraquecido, o modelo é questionado.

A avaliação no terceiro mandato de Lula é que a correlação de forças entre os Poderes mudou, e que o petista precisa aprender a lidar com isso. Mas as negociações das últimas semanas também mostraram que o presidente ainda tem força —Lula se envolveu diretamente na articulação em torno da MP da Esplanada.

Em meio à falta de consenso sobre o que a tensão entre os Poderes representa, o Café da Manhã desta segunda-feira (5) discute como está o equilíbrio entre Legislativo e Executivo. O cientista político Sérgio Abranches, criador do conceito de presidencialismo de coalizão, analisa em que medida as recentes quedas de braço entre Lira e Lula fazem parte do jogo ou sinalizam uma crise.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Priscila Camazano. A edição de som é de Thomé Granemann.

Imagem de capa do podcast Café da Manhã, com o nome do programa escrito sobre vários recortes de jornais. Logos de de Spotify e Folha de S.Paulo podem ser vistas nos cantos
Reprodução
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