Podcast analisa se custo financeiro pode convencer ação contra crise climática

Perdas globais podem alcançar US$ 178 trilhões até 2070 com padrão atual de emissões, diz estudo

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São Paulo

Julho se encerrou como o mês mais quente já registrado na história. No hemisfério Norte, ondas de calor, inundações, incêndios e outros fenômenos extremos causaram mortes e destruição, engrossando alertas sobre a emergência climática. Alguns efeitos mais sutis também chamaram a atenção para a amplitude econômica dessa crise.

Cidades na Europa e nos EUA viram estradas racharem, encanamentos derreterem e a produção de petróleo travar. São lembretes de que a infraestrutura atual pode não suportar um planeta mais quente, o que se somaria a impactos já projetados da emergência climática no setor produtivo —da indústria à agricultura—e nas relações de trabalho.

Na "era da ebulição global" definida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, há "ar irrespirável, calor insuportável e nível inaceitável de lucros financeiros baseados nos combustíveis fósseis". A consultoria Deloitte estima que, se o padrão de emissão de carbono atual for mantido até 2070, o mundo vai ter perdas de US$ 178 trilhões.

No Brasil, a Confederação Nacional dos Municípios diz que de 2013 a 2022 o prejuízo com eventos climáticos extremos foi de R$ 26 bilhões. O país pode ser um dos principais afetados pelo El Niño no segundo semestre, o que deve ser debatido na Cúpula da Amazônia, que começa nesta terça (8), no Pará.

O episódio do Café da Manhã desta segunda-feira (7) fala dos custos da crise do clima e discute se a estratégia de apontar para o bolso funciona como impulsionadora de mudanças efetivas e freio da emergência. O podcast entrevista a economista Fernanda Feil, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Raphael Concli.

Imagem de capa do podcast Café da Manhã, com o nome do programa escrito sobre vários recortes de jornais. Logos de de Spotify e Folha de S.Paulo podem ser vistas nos cantos
Podcast Café da Manhã - Reprodução
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